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POLÍTICA

Julgamento no TRE-PR pode resultar na cassação do senador Sergio Moro

Publicado em

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) iniciará nesta segunda-feira (1º de abril de 2024) o julgamento do processo que pode resultar na cassação do mandato do senador Sergio Moro, do partido União Brasil-PR. O congressista enfrenta acusações de caixa 2, uso indevido dos meios de comunicação e abuso de poder econômico.

Serão realizadas três sessões para o julgamento do ex-juiz da Lava Jato, e o resultado final deverá ser divulgado na próxima segunda-feira (8 de abril de 2024).

Tanto o Congresso Nacional quanto alas do governo e da oposição consideram praticamente certa a cassação do mandato do senador. Segundo informações apuradas, os congressistas também acreditam que Sergio Moro enfrentará uma derrota em caso de recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Um total de sete juízes será responsável por decidir o destino político de Sergio Moro. São eles:

-Presidente: Sigurd Roberto Bengtsson;

-Vice-presidente: Luiz Osório Moraes Panza;

-Juíza federal efetiva: Claudia Cristina Cristofani;

-Juiz de direito efetivo: Anderson Ricardo Fogaça;

-Juiz de direito efetivo: Guilherme Frederico Hernandes Denz;

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-Classe de advogado efetivo: Julio Jacob Junior;

-Classe de advogado efetivo: José Rodrigo Sade.

O último juiz mencionado foi nomeado em fevereiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dos principais adversários de Moro. O ex-juiz foi responsável pelos processos da Lava Jato envolvendo o ex-presidente petista.

Além de Moro, seus suplentes, Luis Felipe Cunha e Ricardo Guerra, também podem ter seus mandatos cassados. Caso isso ocorra, novas eleições serão realizadas para preencher a última vaga do Paraná no Senado.

A possível cassação de Sergio Moro desencadeou uma disputa entre partidos políticos e uma corrida para emplacar uma nova candidatura ao Senado. PT, PL e Podemos estão de olho na vaga.

Nas últimas semanas, o senador tem trabalhado para promover a candidatura de sua esposa, a deputada federal Rosangela Moro (União Brasil-SP). Para isso, a congressista alterou seu domicílio eleitoral pela segunda vez – a primeira foi em 2022, pouco antes do prazo final para as candidaturas.

Essa medida gerou revolta em alas do PT, que recorreram ao TRE, alegando que Rosangela está cometendo “estelionato eleitoral” e prejudicando os eleitores paulistas com essa mudança. A deputada nega as acusações.

O recurso apresentado pelos petistas tem como objetivo enfraquecer Moro e prejudicar as possíveis candidaturas do partido. A presidente da legenda, Gleisi Hoffmann (PR), e o deputado federal Zeca Dirceu (PR) têm interesse na vaga.

No PL, a disputa está acirrada e a decisão deve passar pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Aliados bolsonaristas defendem o nome da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) para o cargo, mas há uma ala local do partido que apoia a candidatura de Paulo Martins, ex-deputado que perdeu para Moro em 2022.

Outros dois candidatos que estão considerando a possibilidade de concorrer são Alvaro Dias (Podemos-PR) e Ricardo Barros (PP-PR). O primeiro já foi senador e perdeu a reeleição de 2022 para Sergio Moro, seu afilhado político, com quem rompeu após a saída dele do Podemos. Já o segundo foi deputado federal, ministro da Saúde e atualmente ocupa o cargo de secretário da Indústria, Comércio e Serviços do Paraná.

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