POLÍTICA
Lewandowski diz que 500 policiais trabalham na busca em Mossoró
Cerca de 500 agentes das forças de segurança federais e estaduais trabalham nas buscas dos 2 fugitivos do presídio federal de segurança máxima de Mossoró, no Rio Grande do Norte, informou neste domingo (18.fev.2024) o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Segundo ele, as possíveis falhas estão corrigidas, de maneira que o presídio de Mossoró voltou a ser “absolutamente seguro e apto a custodiar os detentos que lá se encontram”.
“Acabo de ser informado agora que temos cerca de 250 policiais das diferentes forças em cada um dos turnos diurno e noturno. Portanto, temos quase 500 policiais trabalhando na recaptura desses dois fugitivos. Estamos envidando todos os esforços, identificando as fragilidades não apenas aqui no presídio de Mossoró, mas foi iniciado uma varredura, uma identificação de possíveis fragilidades que, penso eu, inexistem nos demais presídios”, declarou.
A declaração de Lewandowski foi o 2º pronunciamento do ministro desde que ele chegou neste domingo a Mossoró, no Rio Grande do Norte, para acompanhar as buscas pelos 2 fugitivos. Na 1ª fala, ele disse que a escapatória não afeta a segurança dos 5 presídios de segurança máxima do país. Para ele, trata-se de um “problema momentâneo” que será “superado em breve”.
Os criminosos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento estão foragidos desde a madrugada de 4ª feira (14.fev). Depois do caso, o governo federal afastou toda a direção da penitenciária, nomeou interinamente o policial federal Carlos Luis Vieira Pires como diretor e suspendeu visitas e banhos de sol e assistência interna no presídio. Além disso, o Ministério da Justiça revisou equipamentos e protocolos de segurança das demais penitenciárias federais do país.
Além de Mossoró, as unidades de segurança máxima se localizam em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Distrito Federal. As penitenciárias são de responsabilidade do Departamento Penitenciário Nacional, órgão vinculado ao Ministério da Justiça. Rogério e Deibson foram os primeiros detentos da história do país a escapar de um desses presídios.
Os 2 fizeram uma família de refém na noite de 6ª feira (16.fev) em uma casa a 3 km da penitenciária. Roubaram celulares, comida e fizeram os moradores de refém por cerca de 4 horas. Com os aparelhos de telefone, realizaram ligações para o Rio de Janeiro. Há a suspeita que eles sejam ligados ao Comando Vermelho.
Segundo os investigadores, a região de mata das buscas é um dificultador na procura, embora haja helicóptero e drones fazendo o controle aéreo. Agora, a polícia tenta rastrear os criminosos pelo sinal de celular. A hipótese é que eles estão saindo da mata só à noite para procurar comida e água.