POLÍTICA
Lula a caminho do Vaticano: Uma despedida ao Papa Francisco

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou sua viagem ao Vaticano para o velório do Papa Francisco, falecido aos 88 anos. A decisão, tomada após a notícia da morte do pontífice na segunda-feira (21/4), reflete a forte relação de respeito e admiração entre Lula e Francisco, considerado um dos papas mais progressistas da história.
A viagem, inicialmente contingenciada por compromissos na agenda presidencial, incluindo um encontro com líderes da Câmara dos Deputados, foi priorizada. Lula havia manifestado pessoalmente seu desejo de prestar homenagem ao Papa, recordando a carta de condolências recebida em 2019, durante um momento difícil de sua vida, marcado pela perda de sua esposa, Marisa Letícia, seu irmão Genivaldo e seu neto Arthur. Na carta, o Papa demonstrava sua compaixão e encorajava Lula a manter a fé.
A relação entre ambos transcende o âmbito pessoal. Lula sempre reconheceu a postura crítica de Francisco em relação aos modelos econômicos que geram desigualdade, destacando sua defesa dos mais vulneráveis: pobres, refugiados, jovens, idosos e vítimas de guerras e preconceitos. Este compromisso social, alinhado com as próprias convicções de Lula, reforça o elo entre eles.
A viagem de Lula ao Vaticano em 2005, para o funeral do Papa João Paulo II, serve como precedente. Desta vez, sugestões de aliados apontam para uma comitiva representativa do Brasil, incluindo membros do Legislativo, como os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, para fortalecer os laços diplomáticos e demonstrar o respeito nacional pela figura papal.
A ida de Lula ao velório simboliza mais do que uma simples homenagem. É a demonstração pública de respeito a uma figura religiosa que impactou globalmente e que, particularmente, teve um significado profundo para o Presidente brasileiro. O luto oficial de sete dias decretado no Brasil reforça a importância dada pelo governo à perda de Francisco. A viagem, portanto, representa um momento de luto, mas também uma reafirmação dos valores compartilhados entre Lula e o Papa, valores estes que transcendem fronteiras e se conectam com a luta por justiça social.
