POLÍTICA
Lula determina processo de expulsão de servidor da CGU que agrediu mulher e criança no DF

BRASÍLIA, 25 de dezembro de 2025 — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu ordens nesta quinta-feira (25) para a abertura de processo interno na Controladoria-Geral da União (CGU) visando à “responsabilização e expulsão” do servidor do órgão que agrediu uma mulher e uma criança no Distrito Federal — caso cujas imagens viralizaram nas redes sociais. Classificando o episódio como “covarde e inadmissível”, Lula reafirmou que o combate à violência contra mulheres é uma prioridade do governo.
“O combate ao feminicídio e a toda forma de violência contra as mulheres é um compromisso do meu governo”, escreveu o presidente em rede social. Ele destacou que servidores públicos devem ser “exemplos de conduta” e que “não vamos fechar os olhos aos agressores, estejam eles onde estiverem”.
A medida vem no contexto de uma campanha que Lula passou a encabeçar nas últimas semanas. Nesta quarta-feira (24), em pronunciamento à nação, ele anunciou que o tema será uma das prioridades para 2026 e chamou os homens a se tornarem aliados: “Vou liderar um grande esforço nacional. Nós que somos homens devemos fazer um compromisso de alma”.
Antes da determinação presidencial, a CGU já havia adotado providências no dia 23: encaminhou o caso à Corregedoria-Geral da União e à Comissão de Ética para investigação preliminar, revogou a designação do servidor como substituto de chefia e proibiu seu ingresso nos prédios do órgão durante as apurações. O ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, afirmou em nota que a agressão viola a moralidade administrativa prevista na Lei nº 8.112/1990 e ressaltou que “violência contra mulher e crianças é crime, não desentendimento privado”.
O órgão informou que os fatos também serão apurados pelas autoridades criminais competentes.








