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POLÍTICA

Lula diz que alta do preço do ovo é fruto de pilantragem: ‘Um ladrão passou a mão no direito do povo de comer ovo’

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Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em discurso no Alto da Boa Vista - Sorocaba - SP. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira, 14, que não encontrou explicação plausível para alta do preço do ovo no Brasil. Em discurso em um evento em Sorocaba (SP), Lula afirmou que seu governo está trabalhando para descobrir quem é o “pilantra” que provocou o aumento do valor do produto no País, dando a entender que a elevação foi feita de forma artificial.

“Eu estou querendo descobrir onde é que teve um ladrão que passou a mão no direito do povo brasileiro de comer ovo. O povo brasileiro come, em média, 260 ovos por ano. É pouco, não dá nem um por dia […] Mas sabe quantos ovos o Brasil vai produzir este ano? 59 bilhões de ovos. Então, não tem explicação esse ovo estar caro, alguém está passando a mão. Esse é o dado concreto, e nós queremos saber quem é”, disse Lula.

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Entre janeiro e fevereiro, os ovos de galinha ficaram 15% mais caros nos supermercados, aponta o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado na quarta-feira, 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado do ano, os preços já subiram 16,4%. Em 12 meses, a alta é de 10,4%. Segundo Lula, alguém está “sacaneando as galinhas”. A caixa com 30 dúzias subiu de R$ 144 em janeiro para R$ 210 em fevereiro, afirma o presidente.

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O que ocasionou o aumento

Segundo especialistas, a alta registrada atualmente nos preços dos ovos no mercado representa uma “situação sazonal”, comum ao período pré e durante a quaresma. O calorão e o preço do milho nas alturas também fizeram o preço dos ovos disparar no Brasil.

“O aumento do ovo se justifica pela alta na exportação, após problemas relacionados à gripe aviária nos Estados Unidos, e, também, pela maior demanda devido à volta às aulas. Além disso, o calor prejudica a produção, reduzindo a oferta”, esclarece Fernando Gonçalves, gerente do IPCA.

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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) explica que a comercialização de ovos aqueceu no mercado pela demanda natural da época, quando há substituição de consumo de carnes vermelhas por proteínas brancas e por ovos.

A associação ainda destacou outros motivos para a elevação dos preços, como a alta no custo de produção, com elevação de 30% no preço do milho e de mais de 100% nos custos de insumos de embalagens nos últimos oito meses.

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“Junto a isso, as temperaturas em níveis historicamente altos afetam a produtividade das aves”, diz em nota.

A ABPA prevê uma redução do valor da proteína no mercado no final do período da quaresma, que este ano termina em 17 de abril.

 

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