POLÍTICA
Lula garante energia elétrica para milhares de famílias indígenas no Pará e anuncia Universidade Indígena

Santarém, PA – Em visita à Aldeia Vista Alegre de Capixauã, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns, neste domingo (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva surpreendeu-se com a falta de energia elétrica na comunidade e prometeu solucionar o problema, beneficiando cerca de 4.338 famílias indígenas.
“Eu pensei que tinha energia, porque eu estou vendo uma luz acesa aqui, e eu vi que todo mundo se queixou de energia”, declarou o presidente, demonstrando surpresa com a situação. “Hoje a energia é a coisa mais fácil para a gente fazer, porque a gente pode fazer placa solar, a gente pode preservar o ambiente, pode trazer energia para vocês, e eu prometo para vocês que vocês vão ter energia aqui na comunidade de vocês”, reforçou Lula.
A cacique Irenilce Kumaruara recepcionou o presidente na aldeia, apresentando a demanda urgente por uma rede elétrica que atenda a mais de 13 mil indígenas. A garantia de energia elétrica representa um avanço significativo para a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável das comunidades locais.
A presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joência Wapichana, também presente na visita, assegurou que o processo de demarcação das terras indígenas da região, incluindo as comunidades de Vista Alegre e Escrivão, deverá avançar no próximo ano. “A Funai tem esse desafio. Por isso que é importante fazer esse acompanhamento porque são muitas demandas e muitos pedidos. A gente está com essa programação de [fazer] essas duas demarcações físicas no primeiro semestre do ano que vem”, destacou.
Desde o início do terceiro governo Lula, 16 novas terras indígenas foram demarcadas no país, superando o compromisso inicial de 14 áreas homologadas.
Acompanharam o presidente Lula as ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima) e a primeira-dama Janja da Silva.
Durante a visita, Lula anunciou a criação da Universidade Indígena, com lançamento previsto para o dia 17 de novembro, em Brasília. “Nós já temos uma ministra indígena, a Funai indígena, o chefe da saúde indígena e falta uma universidade indígena. Vai ter a sede lá em Brasília, já tem até prédio, tanto pode ter o curso principal lá, mas todos os estados vão fazer extensão com a universidade para as meninadas fazer o curso próximo onde more e não precisar ir para Brasília”, explicou o presidente.
A visita à aldeia faz parte da agenda preparatória para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada em Belém, no Pará, de 10 a 21 de novembro. No sábado (1º), Lula participou da inauguração da ampliação do aeroporto internacional e do Porto de Outeiro, importantes obras de infraestrutura para o evento.