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POLÍTICA

Lula mantém liderança no primeiro turno, mas perde folga em simulações de segundo turno, aponta Datafolha

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Presidente Lula durante entrevista coletiva Foto: Wilton Júnior/Estadão / Estadão

Pesquisa Datafolha realizada na terça, dia 10, e quarta-feira, dia 11, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) continua na frente na disputa pelo Planalto em 2026, quando testado em cenários de primeiro turno. Lula marca entre 36% e 38% das intenções de voto em cinco dos seis cenários avaliados, mantendo-se isolado como principal nome da esquerda, apesar de sua aprovação pessoal ter caído para 28% de “ótimo” ou “bom”.

A força do petista nesse estágio se explica, segundo o instituto, pela fragmentação dos adversários à direita. Entre possíveis concorrentes, destacam-se governadores como Ratinho Jr. (PSD-PR), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União Brasil-GO), todos pontuando bem abaixo, entre 5% e 7%.

Quando testados nomes ligados diretamente a Jair Bolsonaro (PL), mesmo inelegível até 2030, o cenário aponta que o ex-presidente ainda exerce forte influência. O Datafolha incluiu na disputa o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e membros da família Bolsonaro.

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Com Tarcísio, Lula venceria por 37% a 21%. Já contra Michelle Bolsonaro, a vantagem do petista é de 37% a 26%. Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PL-SP) aparecem com 20% cada, contra 38% e 37% de Lula, respectivamente.

Na única hipótese sem Lula na disputa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), aparece como opção petista, mas perde força: fica com 23% contra 37% de Jair Bolsonaro.

Na pesquisa espontânea, sem lista de candidatos, a divisão reflete a polarização: Bolsonaro lidera com 18% e Lula vem logo atrás, com 16%.

Disputa apertada no segundo turno

O que chama atenção na pesquisa é a perda de vantagem de Lula em possíveis segundos turnos. Em abril, ele vencia Jair Bolsonaro por 49% a 40%. Agora, há empate técnico: 45% para Bolsonaro, 44% para Lula.

Situação semelhante ocorre contra Tarcísio de Freitas. O presidente, que antes tinha nove pontos de vantagem (48% a 39%), agora aparece apenas um ponto à frente (43% a 42%). Michelle Bolsonaro também encurtou a distância: foi de 38% para 42%, enquanto Lula caiu de 50% para 46%.

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Com os filhos do ex-presidente, a vantagem de Lula ainda se mantém: venceria Eduardo Bolsonaro por 46% a 38% e Flávio Bolsonaro por 47% a 38%. Já um eventual segundo turno entre Haddad e Jair Bolsonaro hoje apontaria vitória do ex-presidente: 45% a 40% — revertendo o resultado de abril, que tinha o petista à frente.

Rejeição e desafios à direita

A rejeição segue alta para os principais nomes da disputa. Segundo o Datafolha, 46% afirmam que não votariam em Lula de jeito nenhum; para Bolsonaro, o índice é de 43%. Entre os herdeiros do ex-presidente, a taxa varia de 30% a 32%, enquanto Haddad soma 29%. Entre governadores, Ratinho Jr. tem 19% de rejeição, Zema, 18%, Caiado e Tarcísio, 15% cada.

Os números reforçam a avaliação de analistas: Lula ainda reina sozinho na esquerda, mas sua base de apoio mostra sinais de desgaste. Na direita, o impasse continua: Tarcísio surge como nome mais viável, mas depende do aval de Bolsonaro, que insiste em se apresentar como candidato apesar da inelegibilidade e ameaça lançar familiares para manter sua força eleitoral.

 

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