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POLÍTICA

Lula oferece Alckmin a Trump para negociar tarifaço: ‘Pessoa mais calma que conheço’

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Geraldo Alckmin e Lula durante evento em Osasco (SP) nesta sexta-feira, 25 Foto: ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA / Estadão

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, nesta sexta-feira, 25, que seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), está disponível para o americano Donald Trump conversar sobre a tarifa comercial de 50% que ele quer colocar sobre o Brasil a partir de 1º de agosto. Durante evento do governo em Osasco (SP), que contou com a presença de Alckmin, Lula voltou a defender que é preciso que os países dialoguem.

“Eu queria dizer ao Trump: ‘Esse moço aqui, Geraldo Alckmin, é meu vice, pessoa mais calma que conheço na vida. Negociador, não levanta a voz. Ele só quer conversar. Trump, no dia que vocês quiserem conversar, o Brasil estará pronto para te mostrar o quanto você foi enganado com as informações que te passaram. Mas é preciso conversar”, afirmou Lula na cerimônia de anúncio do Novo PAC Seleções 2025 – Urbanização de favelas.

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Lula citou que, “todo dia, o Alckmin liga para alguém e ninguém quer conversar com ele”. “Eu quero que o Trump nos trate com a delicadeza e respeito com que trato os Estados Unidos e o povo americano”.

Durante seu discurso, o presidente brasileiro também voltou a criticar a família Bolsonaro e, sem citar nomes, afirmou que aqueles que se diziam patriotas estão “agarrados às botas do presidente dos EUA para pedir intervenção no Brasil”. “Estão pedindo ao presidente dos EUA que aumente as taxas sobre os produtos que exportamos para eles, só para libertar o pai. Ou seja, trocando o Brasil pelo pai”, declarou, em referência ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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O presidente também acusou o deputado de ter enganado Trump ao alegar perseguição política contra o ex-presidente. “Se o Trump me ligasse, eu teria explicado para ele que o Bolsonaro não é perseguido e, sim, julgado”, disse. Durante o discurso, o petista ainda orientou aliados na Câmara a adotarem medidas contra o parlamentar, que atualmente se encontra no exterior.

Lula destacou a seriedade das acusações envolvendo o ex-presidente e seus aliados na trama golpista articulada após a eleição de 2022, atualmente em análise pelo STF. “Até uma equipe para matar o Lula, para matar o Alckmin, e para matar o Moraes foi montada”, disse. A fala dele faz referência ao testemunho do general Mário Fernandes, ex-subchefe da Secretaria-Geral da Presidência no governo anterior. Em depoimento nesta quinta-feira, 24, o militar admitiu ter considerado os assassinatos do presidente eleito, do vice e do então presidente do TSE.

Por fim, o petista rejeitou a possibilidade de atender ao pedido de Trump sobre Bolsonaro, argumentando que o ex-presidente não sofre perseguição no país. “Bolsonaro não é problema meu, é problema da Justiça”, afirmou, ao destacar que o político tem direito à defesa e, caso seja inocente, será absolvido. Além disso, roforçou a decisão de regular as big techs no Brasil, justificando que “eles têm que respeitar as leis brasileiras”.

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