POLÍTICA
Lula se irrita com conselhos e diz que não será “rainha da Inglaterra”
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está incomodado com os insistentes conselhos que tem recebido para evitar fazer críticas a determinados setores. O chefe do Executivo federal compreende que a insatisfação de alguns grupos é uma tentativa de enfraquecê-lo politicamente. Para aliados, avisou que não viverá como se estivesse numa disputa eleitoral, mas que não será uma “ rainha da Inglaterra ”.
Desde que assumiu o cargo de presidente, o petista fez críticas para vários setores. O seu alvo favorito é o mercado financeiro. Ele acusou a Faria Lima de não ter “coração” e que seu governo atenderia primeiro as demandas dos mais pobres e necessitados para depois se preocupar com os mais ricos.
Desde semana passada, ele passou a criticar os altos juros do país e questionou a independência do Banco Central. Parlamentares e ministros pediram para que o petista diminuísse o tom para evitar uma acentuada queda na Bolsa de Valores e um crescimento do dólar.
Outro pedido feito é que Lula não entre em confronto com governadores, deputados e senadores para não ser comparado a Bolsonaro. Até o momento, o petista tem seguido o conselho, mas explicou que não viu motivo para rebater críticas de outras autoridades. Na visão do presidente, as instituições estão se respeitando.
Lula sinalizou que não terá o comportamento do ex-presidente e buscará sempre dialogar. Porém, avisou a todos que não será a “rainha da Inglaterra”, onde todos governam e falam e ele fica em silêncio. A frase mais usada pelo governante é que “o povo o escolheu para esclarecer e resolver os problemas do país”.
Lula intensifica visitas nos estados
O presidente da República iniciou uma série de visitas em estados brasileiros para participar de inaugurações e comunicar as pessoas quais ações o governo federal iniciará nas próximas semanas.
O petista tem cobrado ministros e aliados para que diversos planos sejam colocados em práticas ainda no primeiro semestre deste ano. Sua maior preocupação é com a vacinação e com as reformas no setor econômico.