O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou, em reunião ministerial nesta segunda-feira (3/4), o que considera previsões pessimistas sobre o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro ano de seu governo. O Boletim Focus, produzido pelo Banco Central com as previsões de agentes econômicos, manteve, pela segunda semana, estimativa de crescimento de 0,9% do PIB ao fim de 2023.
“Eu disse para o Haddad [ministro da Fazenda], na semana passada, que eu não concordo com as avaliações negativas, de que o PIB vai crescer zero num sei das quantas”, disse Lula durante reunião com ministros no Palácio do Planalto. “Vamos ver o que vai acontecer quando a chamada economia micro, pequena e média começar a acontecer nos rincões deste país”, continuou o presidente, que pediu empenho de sua equipe para oferecer um bom ambiente de negócios.
“Vamos ver o que vai acontecer quando as pessoas começarem a produzir mais, quando as pessoas começarem a comprar mais, começarem a vender mais. A gente vai perceber que a economia vai dar um salto importante”, apostou Lula. “Eu ainda não vou dizer aquilo que eu disse em 2005, que foi um motivo de muita chacota por parte da empresa, quando eu falei sobre um milagre do crescimento, quando a economia cresceu 5,8% e a imprensa especializada achava que não ia crescer. Acho que a gente vai crescer mais do que os pessimistas estão prevendo”, completou o presidente.
Corrida de cavalos
Lula fez uma analogia sobre corridas de cavalo para falar sobre a expectativa para a economia. “Ninguém vai investir em cavalo que não corre. Se você está em uma corrida de cavalos dizendo que seu cavalo é pangaré, que seu cavalo está com gripe, que seu cavalo está cansado, ninguém vai fazer aposta. Nosso papel é apostar que esse país vai dar certo e vai produzir mais do que algumas pessoas estão esperando”, disse o petista aos seus ministros.
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“Vão acontecer mais coisas no Brasil do que as pessoas estão esperando que vai acontecer. E vai depender muito, mas muito, da disposição do governo. Vai depender muito da disposição e do discurso do pessoal da área econômica”, concluiu o presidente.