POLÍTICA
Lula tem reprovação de 37% e aprovação de 32%, diz Datafolha

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é mal avaliado por 37% dos brasileiros e aprovado por 32%, aponta pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira, 5. Segundo o levantamento, houve uma estagnação na recuperação na avaliação positiva do presidente.
Desde junho, em rodadas anteriores da pesquisa Datafolha, Lula vinha apresentando uma melhora gradual no índice de brasileiros que avaliam sua gestão como ótima ou boa. Entre setembro e dezembro, o índice foi de 33% a 32%, oscilando um ponto para baixo, dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos porcentuais.
O Datafolha realizou 2.002 entrevistas presenciais em 113 municípios do País entre os dias 2 a 4 de dezembro.
Ao registrar 32% de aprovação ao final do terceiro ano de mandato, Lula supera numericamente o índice registrado por Jair Bolsonaro à mesma altura da gestão, em dezembro de 2021. Na ocasião, Bolsonaro detinha 22% de aprovação. A marca registrada no terceiro mandato de Lula também supera o índice obtido pelo próprio petista ao final de seu primeiro período na Presidência: em dezembro de 2005, Lula registrou 28% de aprovação na pesquisa Datafolha.
Por outro lado, a reprovação ao terceiro mandato de Lula a essa altura da gestão também é maior que a registrada por outros presidentes. São 37% os brasileiros que avaliam a gestão de Lula como ruim ou péssima; em novembro de 2013, 17% avaliavam o governo Dilma Rousseff (PT) dessa forma. A avaliação negativa também é maior que a registrada por Lula em dezembro de 2005, ao final de seu primeiro mandato (29%), e em dezembro de 2009, ao final do segundo (6%).
Lula ganhou fôlego nas pesquisas de avaliação de governo após a imposição pelos Estados Unidos de tarifas adicionais a produtos brasileiros.
Segundo o Datafolha, entre junho de 2024 e fevereiro de 2025, a avaliação negativa do terceiro mandato de Lula cresceu dez pontos porcentuais, indo de 31% a 41%. No mesmo período, os brasileiros que avaliavam o governo como ótimo ou bom foi de 36% a 24%. Desde então, o petista ganhou fôlego nas pesquisas de popularidade. A guinada ocorreu após a imposição pelos Estados Unidos de tarifas adicionais a produtos brasileiros. A partir de outubro, com a emergência do debate sobre segurança pública, a tendência de melhora dos índices de aprovação foi interrompida.









