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POLÍTICA

Marina nega que assumirá cargo de autoridade climática no Governo Lula: “Não tenho perfil técnico”

Publicado em

Marina Silva. Foto: Getty Images

Em entrevista concedida ao jornal O Globo, a acreana Marina Silva, eleita deputada federal por São Paulo, negou que assumirá o cargo de autoridade climática no novo governo Lula, órgão sugerido por ela ao programa de Lula quando aderiu à campanha do presidente eleito durante as eleições.

Para Marina, essa é uma função técnica que ela diz não ter. “A autoridade para risco climático é semelhante à autoridade nuclear ou às autoridades monetárias. É uma função técnica e tudo o que a gente não precisa é de que isso tenha algum tipo de viés político. Eu sei que eu entendo de muita coisa de meio ambiente, mas eu não tenho um perfil técnico. (…) É uma autoridade nacional para que cuide da capacidade de resiliência, do cumprimento de metas dos diferentes setores para que o Brasil, semelhante ao cuidado que nós temos com a economia, tenha esse olhar também para as ações de mitigação, adaptação”, afirmou.

Sobre a possibilidade de assumir algum ministério, a acreana disse que está à disposição, mas negou que isso esteja certo ou que tenha sido procurada por Lula.

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“Minha conversa com Lula não envolveu em absolutamente nenhum momento qualquer discussão sobre ministério, nós discutimos sobre propostas. (…) Acho que tem que terminar, primeiro, a transição e, ao terminar, ai vão começar as definições do presidente. Ele tem que ter tranquilidade para fazer essas escolhas pensando na composição e, obviamente, tudo o que um aliado não precisa fazer é ficar constrangendo o presidente. (…) Acho que todos que participaram desse processo estão dispostos a contribuir. Inclusive, eu”, disse.

Na mesma entrevista, Marina, que estava rompida há 10 anos com Lula e o PT e decidiu apoiá-lo nas eleições gerais deste ano e foi um dos pilares da campanha petista, falou sobre a frente ampla formada especialmente no segundo turno com nomes como Simone Tebet, José Aníbal e Aloysio Nunes.

“Não dá para a gente repetir os mesmos erros. (…) É preciso criar um novo ecossistema político. É como se nós fôssemos uma argila endurecida, cada um no seu canto e de repente nós fomos umedecidos por essa semente da esperança, da gente se reinventar. Agora com essa argila que pode ser novamente remoldada, que tipo de vaso democrático a gente vai produzir? Para mim, um primeiro passo é acabar com a visão excludente e exclusivista da política. Quando a gente está em situação difícil a gente vai atrás de todo mundo”, afirmou.

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