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POLÍTICA

Marina Silva defende análise ambiental rigorosa para pavimentação da BR-319

Publicado em

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, defendeu nesta terça-feira (17) a necessidade de um estudo aprofundado, baseado em dados científicos, para a pavimentação da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho. A ministra ressaltou que a obra, autorizada pelo presidente Lula, precisa de uma avaliação técnica completa antes de seguir adiante.

“Se isso já tivesse sido feito, nós teríamos um suporte técnico para poder ter uma resposta definitiva”, afirmou Marina, referindo-se à necessidade de um estudo ambiental estratégico.

A obra, que prevê a pavimentação de 20 km da rodovia e a licitação de mais 32 km, gerou controvérsia entre ambientalistas e o governo. A preocupação reside principalmente com os cerca de 400 km no meio da extensão da estrada, que, segundo especialistas, podem causar danos graves ao ecossistema da Amazônia.

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A ministra criticou a falta de estudos aprofundados em decisões anteriores sobre a BR-319, especialmente durante o governo Bolsonaro: “Os atalhos que foram feitos durante todos esses anos não levaram a nada. O governo Bolsonaro, em 4 anos, não fez a estrada e, no apagar das luzes, deu uma licença que não levou em conta a posição dos técnicos”.

A licença prévia para a pavimentação do trecho entre os quilômetros 250 e 656, concedida em 2021, foi revogada por decisão judicial. Marina defendeu que a obra só deve ser realizada após uma análise ambiental completa: “Os atalhos durante os últimos 16 anos não têm levado a lugar nenhum, por isso que eu insisto que é fundamental que se faça um estudo, uma avaliação ambiental estratégica, para que não se tenha o agravamento da grilagem e do desmatamento naquela área, que é no coração da Amazônia”.

A ministra alertou para os riscos da pavimentação sem um estudo adequado: “Pode agravar de maneira assustadora o problema da seca, da estiagem e, com certeza, aumentar inclusive esses incêndios que temos hoje.”

A declaração de Marina Silva coloca em evidência a necessidade de uma análise criteriosa e transparente para a pavimentação da BR-319, garantindo a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável da região amazônica.

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