POLÍTICA
Marina Silva repudia vandalismo contra estátua de Chico Mendes: “Um ataque à memória e à luta pela Amazônia
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, manifestou indignação e repúdio ao ato de vandalismo que vitimou, pela terceira vez, a estátua de Chico Mendes, localizada na Praça dos Povos da Floresta, em Rio Branco. Na madrugada de quarta-feira (15), a escultura foi novamente alvo de depredação, tendo as mãos arrancadas.
Em uma publicação em seu perfil no Instagram, Marina Silva chamou o ato de “uma forma simbólica de atingir, de forma cruel, a memória do seringueiro responsável por atrair os olhos do mundo para a luta de preservação da Amazônia”. A ministra lembrou que, mesmo após 35 anos do assassinato de Chico Mendes, sua luta pela preservação ambiental e pelos direitos dos povos da floresta continua a incomodar aqueles que se opõem aos seus ideais.
“Na impossibilidade de atingir novamente o líder seringueiro e ambientalista, aqueles que não se conformam com a permanência de seus ideais atacam os símbolos que lembram a importância de sua vida neste mundo”, afirmou Marina.
A ministra destacou a gravidade dos ataques, que se repetem desde 2018, quando uma escultura de um menino que acompanhava Chico Mendes foi roubada. Em 2022, a estátua principal foi derrubada e precisou passar por um longo processo de restauração.
Marina Silva expressou solidariedade à família de Chico Mendes e ao Comitê Chico Mendes, entidade que preserva o legado do seringueiro. “Me solidarizo com a família Mendes, seus filhos Ângela, Elenira e Sandino, e apoio a nota de repúdio divulgada pelo Comitê Chico Mendes, de Rio Branco, um movimento de resistência à destruição do meio ambiente e que atua como guardião de seus ideais e legado, cada vez mais necessário nesse contexto de crise climática”, escreveu.
A ministra finalizou sua publicação cobrando respostas e responsabilização dos autores do crime. “Para quem não sabe, vandalismo é crime tipificado no Código Penal Brasileiro e rogo para que as autoridades locais encontrem os responsáveis por esse crime”, concluiu.