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POLÍTICA

Marqueteiro diz que ‘covardia’ fez Ciro Gomes perder eleição

Publicado em

Marcelo Camargo/Agência Brasil - 06.08.2018 Ciro Gomes rejeitou apoiar Lula na eleição de 2022

O marqueteiro João Santana afirmou que os eleitores tiveram covardia ao não votarem em Ciro Gomes nas eleições de 2022. Em entrevista dada à Folha de S.Paulo neste domingo (21), falou que não guarda mágoa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e fez críticas ao atual governo.

Ao analisar a derrota de Ciro, Santana apontou que houve uma grande polarização entre Bolsonaro e Lula. Porém, na avaliação dele, o principal motivo que levou seu aliado a derrota foi a covardia dos brasileiros.

“A eleição de 2022 é definida, com razão, como a eleição do ódio e do medo, mas acho que foi principalmente a eleição da covardia. Para muitas camadas da população, e infelizmente grande parte delas propensas a votar no Ciro, predominou do ponto de vista psicológico uma covardia”, comentou.

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“Existia a polarização, mas mesmo aqueles eleitores com um voto cristalizado tinham sempre uma segunda opção, que era Ciro. Mas havia a covardia de votar e ele perder e a da mudança, pelo conforto que eles imaginavam ter adquirido debaixo daquela asa protetora da primeira opção eleitoral.”, acrescentou.

Ele contou que a estratégia adotada pelo pedetista tinha como objetivo roubar votos de Lula e Bolsonaro, mas negou que havia qualquer tipo de mágoa com o atual presidente da Républica.

“Quando eu ouvia isso, a vontade que tinha era de dar risada. O Ciro pode ter mágoas por ele, mas o sentimento político era mais forte do que qualquer mágoa de natureza pessoal. Não tenho mágoa do Lula. Tenho admiração e carinho pela Dilma, mas, que ela poderia ter atuado de forma mais carinhosa pessoalmente, não anti-institucional, durante a tragédia que eu e Mônica vivemos, isso poderia”, explicou.

João Santana pede críticas a Lula

O marqueteiro revelou estar otimista com o governo Lula e acredita que o presidente poderá fazer uma boa gestão. Porém, ele relatou que seus aliados e apoiadores precisam fazer críticas quando enxergar equívocos que são cometidos pela administração

“Deixar o monopólio da crítica com Bolsonaro é um erro por causa de uma lógica mecânica: se um elemento [Bolsonaro] tem esse poder, e o outro [Lula] fracassa, isso vai levar o movimento em direção ao primeiro. Não se pode deixar o Lula livre, leve e solto para cometer os erros sem advertência, sem críticas”, completou.

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