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POLÍTICA

Milei demite ministro e extingue pasta após “vazamento” de reunião

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O presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu reduzir ainda mais o número de ministérios do próprio governo, meses após cortar pela metade o número de pastas herdadas do antecessor, Alberto Fernández. Neste sábado (27/1), o gabinete da Presidência informou que o ministério da Infraestrutura deixará de existir, e as funções serão agregadas à Economia.

O chefe da pasta, Guillermo Ferraro, “apresentará uma carta de demissão nos próximos dias, por motivos pessoais”, segundo o informe presidencial. Milei não deu mais detalhes sobre a queda do titular da Infraestrutura.

A informação chegou a ser ventilada na mídia ao longo da semana, após o presidente argentino curtir uma postagem no X que fazia menção à queda do ministro, que ficou menos de dois meses no cargo. Ferraro teria sido acusado de vazamento de bastidores de uma reunião.

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“Milei se livrou de um infiltrado, premiou o ministro que mais trabalha e fechou um Ministério. Tudo na mesma jogada. Infraestrutura passa a ser Secretaria e fica sob Caputo, que ganha mais poder no governo”, informou a publicação que ganhou a curtida do líder ultraliberal.

Após 15 anos de relação com o líder argentino empossado em dezembro, Ferraro foi um dos primeiros confirmados no primeiro escalão do governo, em setembro. Ele ficou à frente da pasta que foi chamada de “mega ministério” – sob a liderança dele ficaram as secretarias de Transporte, Obras Públicas e Comunicação.

Com o passar dos meses, a pasta foi sendo desidratada. O agora ex-ministro deixou de chefiar as áreas de Mineração e Energia. Em seguida, foi criada a Secretaria de Empresas Públicas sob o poder do chefe de gabinete, Nicolás Posse.

Segundo a imprensa local, Ferraro teria deixado o governo de forma definitiva após vazamento dos bastidores de uma reunião do gabinete. Milei estaria culpando o ministro por tornar pública uma declaração dele durante o encontro.

Cortes na administração pública

Na primeira ação administrativa após ter assumido a Presidência, Javier Milei reduziu pela metade o número de ministérios. Ele assinou um decreto acabando com pastas como Cultura, Educação, Meio Ambiente e Trabalho, reduzindo o total de 18 para nove.

A decisão foi apresentada como uma das medidas para combater a crise econômica histórica que assola o país. No mesmo dia em que chegou à Casa Rosada, o libertário defendeu, em discurso, que não havia outra alternativa a não ser “o ajuste e o choque”, e ainda se comprometeu a combater a inflação com “unhas e dentes”.

Milei enfrentou, nessa quarta-feira (24/1), a primeira greve geral desde que assumiu a Presidência da Argentina. Embora os números fornecidos pela polícia contradigam os dados da Central Geral do Trabalho, é certo que as ruas se encheram de manifestantes que reagem às reformas do governo empossado há pouco mais de um mês.

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Em paralelo, o Brasil observa a crise que se desenrola em um dos principais parceiros econômicos na América do Sul.

A greve dessa quarta foi convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a maior central sindical do país. O movimento recebeu apoio de sindicatos de diversos setores.

A maior concentração de manifestantes ocorreu na capital da Argentina, Buenos Aires. A organização fala em 1,5 milhão de adesões, enquanto a polícia estima 130 mil.

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