Bolsonaro disse que acreditava que a “PF podia agir melhor” do que estava sob a gestão Moro e reforçou que a indicação é do presidente, mas Moro não aceitava.
“A questão da Polícia Federal eu achava que tinha que ser dessa maneira. Outras questões foram aparecendo ao longo do meio do caminho e ele não admitia isso daí, era tudo dele. No início do governo, ele colocou lá num conselho uma senhorita de nome Ilona Szabó, que quando eu vi eu falei: Essa senhora aqui não tem nada com o que a gente defende, as posições dela são bastante progressistas. Não interessa se essa pessoa não assumir. ‘Ah, a gente precisa, para ter um contraponto’. Falei: Moro, contraponto já tem a imprensa. Não tem que colocar gente lá para dar pancada em você, para pegar o que acontece lá e jogar na imprensa. Levei três dias para demitir essa mulher. Ele passou a achar que era o dono do ministério”, afirmou Bolsonaro em entrevista à Jovem Pan gravada na semana passada e exibida nesta segunda-feira (10/1).
Em março de 2019, Szabó foi convidada pelo então ministro Sergio Moro para integrar, como suplente, o Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. O nome dela foi vetado por Bolsonaro por posições divergentes do governo com relação a temas como armamento e políticas de drogas.