POLÍTICA
MP pede condenação de deputado cassado e outros sete por sequestro e tortura de jornalista em Roraima

O Ministério Público de Roraima (MPRR) pediu a condenação do deputado estadual cassado, Jalser Renier (SD), e mais sete réus por envolvimento no sequestro e tortura do jornalista Romano do Anjos, ocorrido em outubro de 2020.
Ao todo, 10 pessoas são acusadas pelo crime. A Justiça aceitou a denúncia contra Jalser, o acusando de ser o mandante do crime, em junho de 2022. Ele era presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (Ale-RR) à época do crime.
Os demais acusados são policiais militares que trabalhavam na segurança do ex-deputado e um ex-servidor da Ale-RR. O MP pede a condenação dos seguintes réus:
-Jalser Renier: acusado de ser o mandante do sequestro e tortura.
-Natanael Felipe De Oliveira Junior: coronel da PM e ex-chefe da casa militar da Assembleia Legislativa.
-Moisés Granjeiro De Carvalho: coronel da Polícia Militar e ex-funcionário da Assembleia Legislativa.
-Vilson Carlos Pereira Araújo: major da Polícia Militar com experiência em segurança particular.
-Nadson José Carvalho Nunes: subtenente da Polícia Militar e ex-funcionário da Assembleia.
-Clovis Romero Magalhães Souza: subtenente da Polícia Militar.
-Gregory Thomaz Brashe Junior: sargento da Polícia Militar, convidado por Jalser para “criar a segurança da Assembleia”.
-Luciano Benedito Valério: ex-servidor da Ale-RR no setor de Seção de Inteligência e Segurança Orgânica (Siso).
Os réus são acusados de crimes como tortura qualificada e majorada, cárcere privado qualificado e agravado, dano qualificado e agravado e milícia privada.
Romano do Anjos, de 40 anos, foi sequestrado na noite do dia 26 de outubro de 2020, levado de casa em seu próprio carro, que foi encontrado pela polícia queimado cerca de uma hora depois.
A investigação do MP apontou que Jalser Renier usou do poder que tinha para cometer o crime com a ajuda dos policiais, a maioria oficiais da Polícia Militar. Ele respondeu a processo na Casa por quebra de decoro e foi cassado, perdendo o mandato de deputado após 27 anos no poder.
