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POLÍTICA

“Nem sempre o partido tem mulheres para indicar”, argumenta Lula

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou, nesta sexta-feira (27/10), sobre a saída de mais uma mulher de postos de chefia no governo federal para acomodar nomes do Centrão, após a demissão da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano.

O titular do Planalto disse “lamentar profundamente” retirar mulheres de postos estratégicos do governo, mas argumentou que “nem sempre o partido tem uma mulher para indicar”, e quando isso acontece, “não pode fazer nada”.

“Eu lamento profundamente não poder indicar mais mulheres do que homens no governo. Acontece, que quando você estabelece uma aliança com um partido político, nem sempre esse partido tem uma mulher para indicar. Mas isso não quer dizer que eu não possa tirar homens e colocar mulheres no governo”, explicou o petista, ao lado da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja.

O presidente ainda afirmou que, em face do pouco tempo do governo, a equipe foi capaz de conseguir grandes feitos. E que, apesar de ter intenção de indicar mais mulheres a diversos cargos – o que ele chamou de “política pessoal” –, não é “possível fazer nada”, caso o partido não tenha mulheres a indicar.

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“Só temos 10 meses de mandato, ainda posso trocar muito mais gente. (…) A mulher veio para ficar na política. Vai ter mulher no governo em outros cargos, é uma disposição politica minha”, destacou.

Mais mulheres à frente

Lula também pediu para que não houvesse confusão sobre a paciência dele com a própria recuperação, após as cirurgias realizadas no fim de setembro, com falta de urgência na tomada de decisões. E disse esperar que, até o fim do mandato, consiga indicar mais mulheres nos cargos do governo.

“Não é que não tenho pressa. Tenho pressa, mas precisava fazer uma cirurgia. Estava há 14 meses com uma dor insuportável. (…) Eu não quero um amigo, quero alguém competente para função. Quem sabe eu não termine meu governo muito mais mulher nele”, projetou.

As falas sobre mulheres no governo federal estão principalmente atreladas às saídas femininas do governo para acomodar nomes do Centrão. Nesta semana, Rita Serrano saiu da presidência da Caixa para a entrada de Carlos Vieira Fernandes, indicado de Arthur Lira. Além dela, também saíram do governo as ministras Daniela Carneiro, do Turismo, substituída por Celso Sabino (União-PA), e Ana Moser, do Esporte, cuja vaga foi assumida por André Fufuca (PP-MA).

Há também as cobranças por uma indicação de uma mulher negra à vaga da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber. Houve, inclusive, um grupo de deputadas que enviou uma carta ao presidente sobre o assunto.

Mais cedo, o presidente cumprimentou, de dentro do veículo da presidência, os apoiadores que estavam em frente ao Palácio da Alvorada. Ele completa seu aniversário de 78 anos em plena recuperação, após quase um mês da cirurgia no quadril.

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