Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

POLÍTICA

“Ninguém aguenta mais a tirania do ministro Moraes”, diz Tarcísio em SP. Siga ao vivo

Publicado em

Danilo M. Yoshioka/Metrópoles

Manifestantes que apoiam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e defendem a anistia aos envolvidos nos atos do dia 8 de janeiro de 2023 ocupam quarteirões da Avenida Paulista, em São Paulo, na tarde deste domingo (7/9), no quarto protesto bolsonarista realizado somente neste ano na capital paulista.

Com o slogan “Reaja Brasil”, esta é a primeira manifestação desde a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro e marca o protagonismo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), na articulação política pela anistia no Congresso Nacional. Cotados para compor uma chapa presidencial, Tarcísio e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro são os mais aguardados na Paulista.

Continua depois da publicidade

Tarcísio critica STF e pressiona Hugo Motta por “anistia ampla”

Em um dos discursos mais aguardados, o governador Tarcísio de Freitas criticou duramente o julgamento de Bolsonaro e de outros sete réus por tentativa de golpe no STF, pressinou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), a pautar o projeto de lei de uma “anistia ampla” aos envolvidos no 8 de janeiro de 2023, e disse que o único candidato da direita é Bolsonaro.

“Qual o recado que vocês querem dar para Hugo Mota hoje?”, perguntou Tarcísio ao público. “Presidente de Casa nenhum pode conter a vontade da maioria do plenário. Então, Hugo Motta, paute a anistia. Deixa a Casa decidir. Tenho certeza que ele vai fazer isso”, disse Tarcísio, que assumiu a articulação pela anistia nas últimas semanas.

Continua depois da publicidade

No palanque, Tarcísio criticou a delação do coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro, e, pela primeira vez, chamou o ministro Alexandre de Moraes de “tirano”. “Por que vocês estão gritando isso [Fora, Moraes]? Talvez porque ninguém aguenta mais a tirania do ministro Moraes”.

Sóstenes chama Moraes de “ditador”

Em seu discurso, o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), atacou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, chamando o magistrado de “ditador” e cobrou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), a pautar o impeachment do relator das ações contra bolsonaristas no Supremo.

“Alexandre de Moraes, vossa excelência é um ditador”, disse Sóstenes, enquanto o público gritava “fora, Moraes”. “Alexandre de Moraes, essa é a voz da Paulista: Fora, Moraes”, completou o líder do PL.

Continua depois da publicidade

Valdemar diz que vandalismo não é golpe

O primeiro a discursar na Paulista foi o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Aos manifestantes ele afirmou que os ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023 foram uma “baderna generalizada” e que os envolvidos deveriam ser punidos por “vandalismo” e não por tentativa de golpe de Estado.

“Aquilo foi uma baderna generalizada e tem que ser punido esse pessoal. Ninguém concorda com vandalismo, mas isso não é golpe. O verdadeiro julgamento do golpe será nas eleições do ano que vem, quando será julgado o golpe da picanha prometida, o golpe do roubo do INSS, dos aposentados, o golpe dos 90 bilhões pagos antecipadamente de precatório”, disse Valdemar.

Segundo ele, a anistia tem que ser pautada no Congresso porque os aliados do ex-presidente já reuniram 300 assinaturas a favor do projeto. “Qualquer cidadão que vive numa democracia, tem direito a um segundo julgamento e nós não vamos abrir mão desse direito”, completou o presidente do PL.

Valdemar também voltou a dizer que, apesar da articulação do governador Tarcísio de Freitas, que o “nosso plano é Bolsonaro candidato a presidente” porque a anistia será aprovada.

Quarto ato do ano na Paulista

Este é quarto ato bolsonarista do ano na Avenida Paulista e o segundo sem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Em junho, diante da ausência de seu padrinho político, Tarcísio de Freitas faltou à manifestação. Agora, o governador de São Paulo assume o protagonismo político do ato, após promessa de indulto a Bolsonaro, caso se torne presidente, e uma articulação nos bastidores pela anistia aos envolvidos na trama golpista, julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Além de Tarcísio, o ato organizado pelo pastor Silas Malafaia também irá contar com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL-DF), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). Tarcísio ficou responsável por convidar outros governadores de direita, como Ronaldo Caiado (União), de Goiás, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais. Ratinho Jr. (PSD), do Paraná, não irá à manifestação.

Em junho, o ex-presidente não pôde ir às ruas devido a medidas cautelares impostas contra ele pelo ministro Alexandre de Moraes. A aparição de Bolsonaro nos atos, por meio de chamada telefônica, custou-lhe a decretação de prisão domiciliar. Enquanto isso, Tarcísio estava no Hospital Albert Einstein, na zona oeste de São Paulo, para um procedimento na tireóide. A ausência foi criticada pelo “núcleo duro” bolsonarista, incluindo Malafaia.

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement