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POLÍTICA

Nota do Itamaraty sobre eleições ‘parece ditada pelos EUA’, diz Venezuela

Publicado em

Foto: Evaristo Sá/AFP

O governo venezuelano emitiu uma forte rejeição à declaração divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores brasileiro nesta terça-feira (26), referente às eleições no país vizinho. O comunicado do Itamaraty expressou uma vigilância cautelosa em relação ao processo eleitoral venezuelano, enquanto a administração de Nicolás Maduro criticou a postura do Brasil, rotulando-a como “indecisa e intrometida”, sugerindo influência dos Estados Unidos.

De acordo com a nota venezuelana, o governo brasileiro fez comentários que demonstram um profundo desconhecimento e ignorância sobre a situação política na Venezuela. A declaração enfatizou a importância do respeito ao princípio da não intervenção nos assuntos internos e na democracia venezuelana, destacando-a como uma das mais sólidas da região.

Por sua vez, a nota do Itamaraty expressou a disposição do Brasil em colaborar com outros membros da comunidade internacional para garantir que o próximo pleito, anunciado para 28 de julho, seja um passo significativo rumo à normalização da vida política e ao fortalecimento da democracia na Venezuela. O Brasil reiterou sua oposição a qualquer forma de sanção que, além de serem ilegais, contribuem apenas para o isolamento do país e o aumento do sofrimento de seu povo.

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A nota também levantou preocupações sobre o impedimento do registro da candidata indicada pela Plataforma Unitária, uma força política de oposição, sem justificativas claras, o que, segundo o comunicado, contradiz os acordos de Barbados. Apesar disso, onze candidatos ligados à oposição conseguiram registrar suas candidaturas, incluindo o atual governador de Zulia, que também é membro da Plataforma Unitária.

Em resposta, o governo venezuelano destacou sua surpresa com a falta de preocupação do Itamaraty em relação às tentativas de assassinato e desestabilização recentemente desmanteladas, incluindo um episódio envolvendo um extremista da organização Vente Venezuela. Além disso, afirmou a convocação das eleições presidenciais para 28 de julho, assegurando que o processo ocorrerá conforme o previsto pela Constituição, sem interferência externa.

Apesar das críticas ao governo brasileiro, a nota venezuelana encerra agradecendo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo apoio político oferecido à Venezuela, especialmente em relação à condenação do bloqueio e das sanções impostas pelos Estados Unidos, considerados prejudiciais ao povo venezuelano.

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