Novas tarifas dos EUA: Viana destaca exceções para produtos brasileiros

A ordem executiva dos EUA impondo novas tarifas a produtos brasileiros gerou ondas de preocupação, mas a situação apresenta nuances importantes. Embora a medida represente um revés nas relações comerciais bilaterais, a notícia não é inteiramente negativa, como destaca Jorge Viana, presidente da ApexBrasil.

A prorrogação da entrada em vigor das tarifas, inicialmente prevista para 1º de agosto e agora adiada para 6 de agosto, já demonstra um espaço para negociação. Mais significativo ainda é a inclusão de 379 produtos brasileiros em uma lista de exceção, mantendo a tarifa atual de 10%. Esses itens, que representam cerca de US$ 18 bilhões em exportações (mais de 40% do total exportado para os EUA em 2022), incluem produtos estratégicos como celulose, suco de laranja, castanha-do-brasil, partes de aeronaves e minerais.

Essa lista de exceção demonstra que a situação não é binária, e que existe espaço para diálogo e negociação. A postura proativa do governo brasileiro, com Lula, Alckmin e os ministros buscando manter o diálogo aberto com os EUA, é crucial nesse contexto. A longa história de relações comerciais entre os dois países, que abrange mais de dois séculos, demonstra a importância de se buscar uma solução negociada que minimize os impactos negativos desta medida. O desafio agora é garantir que as negociações avancem e que o impacto negativo sobre a economia brasileira seja mitigado, preservando a importante parceria comercial com os Estados Unidos.