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POLÍTICA

Nunes e Boulos vão ao 2º turno na disputa pela prefeitura em São Paulo

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Maior colégio eleitoral do país, São Paulo (SP) terá segundo turno para a disputa pela prefeitura. No páreo, estarão o atual prefeito, Ricardo Nunes (MDB), que busca a recondução para mais 4 anos no cargo, e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).

Às 21h08 (horário de Brasília), com 99,52% das urnas apuradas, neste domingo (6), Nunes tinha 1.793.199 votos, o equivalente a 29,49% dos votos válidos (ou seja, excluindo votos em branco e nulos), enquanto Boulos tinha 1.766.892 votos, ou 29,06%. Já o influenciador e o empresário Pablo Marçal (PRTB), aparecia com 1.710.958 votos, ou 28,14%.

No segundo pelotão, a deputada federal Tabata Amaral (PSB) vinha com 9,92%. O apresentador de televisão José Luiz Datena (PSDB) tinha 1,84%, e a economista Marina Helena Santos (Novo), com 1,38%.

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O desfecho na capital paulista vem após longas semanas de indefinição de cenário, com as pesquisas de intenção de voto mostrando “empate triplo” entre Nunes, Boulos e Marçal, sem condições para antecipação de quem avançaria para a disputa de segundo turno, marcada para 27 de outubro.

A campanha foi marcada por um complexo jogo de estratégias. De um lado, Nunes fez a lição de casa da cartilha em processos eleitorais: com a máquina da prefeitura na mão e um sólido arco de alianças envolvendo 11 partidos, ele garantiu um latifúndio (65% do tempo total) no horário de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão, além de múltiplas inserções na programação desses meios.

O prefeito também recebeu os apoios do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ainda que menos vibrante e mais distante, e do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que foi seu verdadeiro cabo eleitoral na disputa.

De outro lado, Boulos recebeu o endosso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que inclusive articulou a saída da ex-prefeita Marta Suplicy da Secretaria de Relações Internacionais da atual administração para retornar ao Partido dos Trabalhadores após 9 anos e entrar na disputa como vice na chapa encabeçada pelo parlamentar.

Apesar da estrutura de campanha montada pelos dois candidatos, foi Marçal quem conseguiu pautar o debate durante boa parte da campanha pela prefeitura de São Paulo. Filiado a um partido nanico, que não lhe garantiu recursos do fundo eleitoral nem o direito à veiculação de propaganda no rádio e na televisão, e influenciador e empresário precisou apostar em sua força nas redes sociais para despertar o interesse do eleitor.

Nos debates, roubou a cena com um tom agressivo e provocações que tiraram os adversários do sério − em um desses confrontos, inclusive, foi agredido pelo candidato José Luiz Datena (PSDB) por uma cadeirada em programa promovido pela TV Cultura.

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