POLÍTICA
“O presidente da Câmara não negocia as suas prerrogativas”, diz Motta

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse nesta quinta-feira (7/8) que “não negocia suas prerrogativas”, ao retomar o controle da Mesa Diretora durante a sessão tumultuada da noite de quarta-feira (6/8). O espaço havia sido ocupado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Como mostrado pelo Metrópoles na coluna de Igor Gadelha, Motta negou a aliados e interlocutores ter fechado acordo com a oposição bolsonarista para pautar o projeto da anistia para os ataques do 8 de Janeiro.
Os líderes da Câmara entraram em acordo para desobstruir os trabalhos. O consenso costurado por partidos de centro para desobstruir a pauta, além da PEC, também envolve dar andamento à anistia “geral e irrestrita”, pauta-chefe da oposição.
A movimentação para retomar os trabalhos também contou com a digital do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). O líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), marchou em direção ao gabinete do antecessor de Motta para interferir nas negociações, momentos depois de o atual presidente ameaçar suspender parlamentares que se mantivessem amotinados no plenário.
Motta elogiou a articulação de Lira e disse ser “natural” que o antecessor participe em um momento de “tensão” que “não viveu na história recente da Casa”.
“É natural que todos possam colaborar em momentos como aquele que nós vivemos nos últimos dias. Foi uma tensão que, acredito eu, a Casa não viveu na sua história recente. Então é natural que todos possam se juntar e sempre buscando, através do diálogo, resolver”, declarou.
