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POLÍTICA

O que falta ser esclarecido sobre plano para matar Sergio Moro?

Publicado em

Reprodução/Redes sociais - 17/05/2022 Sergio Moro (União Brasil)

Polícia Federal realizou na última quarta-feira (22) a Operação Sequaz , que visa desmantelar uma facção criminosa que tinha como objetivo matar o senador Sérgio Moro (União Brasil) e outras autoridades . Apesar de algumas descobertas, ainda há lacunas que precisam ser esclarecidas no caso.

Entenda o caso

 Polícia Federal deflagrou a  Operação Sequaz , que investiga um grupo suspeito de planejar matar e sequestrar autoridades, segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino.

Após a divulgação da ação policial,  o senador Sergio Moro (União Brasil) afirmou, por meio de sua assessoria, que era um dos alvos dos criminosos.

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“Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, escreveu Moro.

Até a manhã de ontem, nove pessoas foram presas. Oito tiveram o nome divulgado:

  • Janeferson Aparecido Mariano;
  • Patrick Uelinton Salomão;
  • Valter Lima Nascimento;
  • Reginaldo Oliveira de Sousa;
  • Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan;
  • Claudinei Gomes Carias;
  • Herick da Silva Soares;
  • Franklin da Silva Correa.

Quem são os todos os alvos do grupo criminoso?

Até o momento, o que se sabe é que os alvos da facção eram o ex-ministro da Justiça, Sergio Moro e o promotor de Justiça de São Paulo, Lincoln Gakiya. Ambos atuaram nas transferências de chefes de facções como Marcos Camacho, o Marcola, para presídios federais.

Contudo, ainda não é de conhecimento público quais são as outras autoridades que eram alvos. Segundo a PF, os criminosos planejavam um atentado contra servidores e agentes públicos em cinco estados: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

A facção já foi desmantelada?

A Operação Sequaz, expediu 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal. Sete mandados de prisão preventiva (três em Sumaré), e quatro mandados de prisão temporária contra suspeitos (entre eles, um no Guarujá e outro em Presidente Prudente).

Segundo a corporação, duas pessoas ainda continuam foragidas.

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O promotor de Justiça Lincoln Gakiya , afirmou ao Jornal Nacional, telejornal da TV Globo, que a operação está em andamento para achar outros envolvidos.

Entre os presos ontem está o  Forjado, um dos líderes do PCC, maior facção criminosa do país.

Patrik Velinton Salomão, 42, conhecido como Forjado, é integrante do PCC e deixou a penitenciária federal de Brasília, em fevereiro do ano passado, após cumprir pena. Segundo o MP-SP, ele está abaixo apenas da liderança máxima da organização. Foi condenado a um total de 15 anos e 10 meses de prisão e sairia apenas 14 de setembro deste ano, mas a pena foi reduzida.

Qual era o nível de preparação do crime?

O nível de planejamento dos criminosos ainda não está claro, mas alguns pontos da investigação mostram que algumas medidas já haviam sido tomadas para iniciar os ataques.

Um exemplo é que os bandidos alugaram imóveis próximos a endereços de Sergio Moro e se revezavam para monitorar ele e a família em Curitiba, no Paraná.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, revelou ainda que a PF identificou que o grupo criminoso tinha estruturas parecidas com bunkers, construídos em casas.

“Nesse material apreendido que nós vamos ter a certeza, porque havia, por exemplo, compartimentos sendo preparados em casas, compartimentos falsos, paredes falsas. Esses compartimentos poderiam ser desde, para armazenar armamento e drogas, como também para guardar pessoas”, disse Dino em coletiva sobre o caso.

Quais são os próximos passos?

Sergio Moro fez um pronunciamento no Senado na tarde de ontem e apresentou  um projeto que criminaliza pessoas que planejarem atentados contra autoridades públicas . Ele disse que espera contar com apoio suprapartidário à sua proposta.

O governo federal também não se manifestou sobre as novas medidas, apenas garantiu da continuidade das investigações da Polícia Federal.

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