“Olha o tamanho da irresponsabilidade que Bocalom deixou para os trabalhadores”, comenta deputado sobre áudio vazado de secretária

O deputado estadual Edvaldo Magalhães voltou a falar sobre o áudio vazado da secretária de Educação, Nabiha Bestene. Durante a sessão da Assembleia Legislativa do Acre desta terça-feira, 10, ele disse que a fala da secretária é uma espécie de desabafo, um “sincericídio” com afirmações gravíssimas, que, em qualquer ambiente de maior seriedade política e institucional, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, deveria responder por vários processos.

O parlamentar destacou que Nabiha afirma no áudio que tomou providências, e que, ao ser questionada pelo prefeito, ela tentou justificar que precisava ter um banco de reservas para substituições eventuais, inclusive para garantir a permanência do próprio ano letivo: de professores e professoras, mediadores e mediadoras, a maioria dos quais são responsáveis por cuidar de alunos e alunas portadores de necessidades especiais.

“Olha o comportamento que o prefeito Tião Bocalom teve diante dessa necessidade. Uma atitude completamente irresponsável com a boa gestão. Uma atitude de quem se acha um sabe-tudo, sem entender nada do processo. Uma atitude que põe em risco o ano letivo dessas crianças. Uma atitude, inclusive, de quem não confia na própria equipe. Porque, avisado várias vezes do que poderia ocorrer, resolveu tomar a atitude de ‘bom gestor’ e deixar a crise acontecer. E a secretária ainda disse: ‘vai estourar em plena campanha’, e estourou em plena campanha, e agora estão tentando colocar panos mornos, arranjar um jeito, fazer uma maquiagem, orientando os diretores de escolas a chamar as pessoas para vir, mesmo sem contrato. Entre aspas, voluntariamente, para depois dar um jeito de pagar. Olha o tamanho da irresponsabilidade e insegurança jurídica e administrativa que o prefeito deixou para os trabalhadores da educação, sem renovação de contrato”, disse o deputado.

Por fim, Magalhães se referiu ao áudio como uma confissão angustiante de Nabiha Bestene, o que, para ele, prova que Rio Branco precisa mudar essa gestão, que ele chamou de desastrosa, do prefeito Tião Bocalom.