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POLÍTICA

Oposição ameaça até chamar a polícia para obrigar Dino a ir à Câmara

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O ministro da Justiça, Flávio Dino, faltou a uma sessão na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados nesta terça-feira, 10, e irritou parlamentares da oposição. Ele havia sido convocado a prestar esclarecimentos sobre a pasta, ou seja, era obrigado a comparecer.

O deputado Bibo Nunes (PL-RS) afirmou nas redes sociais que a comissão deve pedir a condução coercitiva de Dino e que ele “seja conduzido por forças policiais”. “Punição imediata para esse cidadão que não respeita regras e menospreza o Congresso. Tem que perder esse cargo, que ele usa de forma totalmente injusta. Cometeu crime de responsabilidade, cabendo pedido de impeachment”, disse.

Faltar a uma convocação no Congresso pode ser considerado crime de responsabilidade, conforme a legislação. O ministro, porém, enviou um ofício em que explicou sua ausência. A justificativa para a falta foi uma operação policial contra pornografia infantil em vários estados, coordenada pelo ministério. “Informo a impossibilidade de comparecimento a esta comissão, em face de providências administrativas inadiáveis. Tais providências implicam a mobilização da equipe da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública), impedindo adequada preparação do material relativo aos temas solicitados por essa comissão”, declarou.

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Dino também informou que pediu ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), a realização de uma comissão geral no Plenário para que ele possa responder aos questionamentos dos deputados sobre sua gestão. O líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou que a sessão será marcada para o dia 18 de outubro.

Foram dezenove requerimentos para convocar o ministro, quase todos apresentados por deputados do PL. A Comissão de Segurança, presidida pelo deputado Ubiratan Sanderson (PL-RS), é constituída majoritariamente por bolsonaristas e parlamentares ligados a forças de segurança, como policiais e militares.

Um dos pedidos acusa Dino de fake news por declarações em que relacionou colecionadores, atiradores esportivos e caçadores (CACs) ao desvio de armas para o crime organizado. Os parlamentares também pedem que o ministro esclareça a prisão do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, realizada pela Polícia Federal, o decreto que instituiu novas regras para posse e porte de armas e a exclusão de imagens das câmeras de segurança do dia 8 de janeiro.

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