POLÍTICA
Oposição se ofende quando vereador Mustafá pede mais respeito ao criticar o prefeito, após Eber chamá-lo de seboso e covarde

Após um discurso acalorado do vereador Eber Machado, endossado por outros parlamentares como Fábio Araújo, André Kamai e Neném Almeida, segundo Mustafá, desrespeitando o prefeito ao chamá-lo de seboso e covarde, além de dizer que Bocalom deveria “criar vergonha na cara e dar ao povo o que é do povo”, e ainda questionar “que amor é esse?”, já que o prefeito estaria todos os domingos na igreja, Márcio Mustafá, que é o líder do prefeito, saiu em defesa de Bocalom.
Ainda durante o discurso de Eber, em aparte, o vereador Márcio Mustafá disse não entender como ele ainda não foi acionado judicialmente, diante dos inúmeros xingamentos proferidos contra Bocalom, um idoso de 70 anos.
“Existe respeito, existem formas de falar. Eu entendo sua indignação e a sua forma de tratar como oposição, que é a única forma que o senhor consegue chegar até as comunidades, pois é mais fácil falar mal do que falar bem”, destacou Mustafá.
Mustafá usou o caso da Emurb para exemplificar a idoneidade do prefeito, afirmando que, quando assumiu o órgão, este estava totalmente sucateado — inclusive com pessoas presas na época do PT. O vereador pediu mais respeito ao se referirem a Bocalom, pois trata-se de um senhor, um pai, um avô, além de ser o prefeito eleito. Mesmo que seja para reivindicar, que seja com educação e respeito.
“Eu lhe respeito e entendo sua indignação, mas que suas palavras sejam moderadas e com respeito”, disse Mustafá.
O vereador Neném Almeida saiu em defesa do colega parlamentar Eber Machado e disse que “o prefeito não entra com uma ação contra Eber porque ele tem imunidade parlamentar e pode falar o que bem entender na tribuna”.
André Kamai aproveitou para endossar a “libertinagem” chamada de imunidade parlamentar, dizendo que viveu para ver um vereador sugerir que o prefeito processe um parlamentar por sua atuação legislativa. Segundo ele, isso ignora completamente o pedido de “respeito” nas palavras proferidas pela oposição, deixando claro que consideram legítimo xingar e ofender como parte de suas atividades parlamentares.
Mustafá voltou a frisar aquilo que, segundo ele, os colegas fizeram questão de não querer entender, afirmando que os vereadores interpretaram seu pedido de mais respeito como uma ameaça à liberdade de expressão. No entanto, ressaltou: “Do jeito que vier o tom daí, vai daqui, vereador, pois aqui não tem menino, não”.
Por fim, Mustafá reiterou que sua fala se referia à forma, ao tratamento e às palavras de baixo calão usadas contra o prefeito. Segundo ele, além de ter sido eleito com a maioria dos votos, Bocalom é um senhor de 70 anos que deve, sim, ser criticado, mas sem desrespeito e ofensas — prática comum, segundo ele, nos discursos midiáticos da oposição.
“Quem não tem telhado de vidro tem que ter telhado de aço, e isso a tua gestão lá não tinha”, disse Mustafá, direcionando as palavras ao vereador Kamai em referência à gestão do PT. “Lá de onde tu veio, tu sabes do que estou falando. Então, vamos tratar com respeito, pois em nenhum momento eu critiquei o vereador, apenas orientei meu amigo quanto à forma de tratamento e às palavras de baixo calão dirigidas ao prefeito”, disse.
Mustafá finalizou dizendo que, para a oposição, tudo é palanque, pois têm pretensões de concorrer a cargos como deputado e até prefeito.
“Oposição é palanque. Pra nós, não. Eu não sou candidato a deputado. Então, sobem aqui para estar na mídia, porque tem uma eleição lá na frente. Mas eu estou aqui para defender o povo”, finalizou Mustafá.
