Oposição reage à contratação de Cissa Guimarães pela EBC

Parlamentares que integram o grupo de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reagiram à contratação da atriz e apresentadora Cissa Guimarães pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a empresa pública de comunicação. Eles se manifestaram por meio do X (antigo Twitter) em tons de crítica e de ironia.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), compartilhou uma imagem sobre a notícia da contratação de Cissa e o salário dela, que será de R$ 70 mil por mês. E questionou: “Ahhhhhhhh a democracia… E você aí, tem salário de R$ 70.000 por mês?”.

O deputado Mário Frias (PL-SP), que foi secretário de Cultura no governo Bolsonaro, publicou um vídeo da apresentadora no cenário do programa que irá apresentar, o “Sem Censura”, e legendou: “Ah, o amor”. Em seguida, ele usou um emoji de coração vermelho.

A participação de Cissa em um vídeo de campanha eleitoral de Lula foi relacionada pelo deputado Messias Donato (Republicanos-ES) com a nova contratação da EBC. “Cissa Guimarães, que já fez campanha para Lula, receberá R$ 70 mil por mês para apresentar programa na TV estatal EBC chamado “Sem Censura” e quem vai pagar essa fatura é o contribuinte brasileiro. Alguém vai assistir esse programa?”, escreveu.

Aos 66 anos, Cissa Guimarães receberá R$ 840 mil do governo Lula para apresentar o programa “Sem Censura” no período de um ano. O valor equivale à quantia de R$ 70 mil por mês. O programa será transmitido pela TV Brasil, que é de domínio da EBC.

A empresa pública informou que a contratação da apresentadora foi feita em conformidade com o previsto na Lei das Estatais e no Regulamento Interno de Licitações e Contratos. A estreia do programa sob o comando de Cissa deve ser em 26 de fevereiro.

O custo do projeto será de quase R$ 5 milhões para o programa ficar no ar até 22 de fevereiro de 2025. O gasto será pela contratação da Fábrica Entretenimento e Participações, responsável pela produção do programa “Sem Censura”.