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POLÍTICA

Padilha defende Marina Silva e fala em vetar agressão à Mata Atlântica

Publicado em

17.04.23 - O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) fala à imprensa no Palácio do Alvorada Imagem: Lucas Borges Teixeira/UOL

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o presidente Lula vai vetar a MP que afrouxa regras de proteção da Mata Atlântica. O texto foi aprovado ontem na Câmara dos Deputados em meio a uma série de derrotas para ambientalistas.

O que aconteceu:

Padilha reforçou o discurso de que o governo está comprometido com a sustentabilidade. A declaração foi dada em entrevista à GloboNews.

Segundo o ministro, há um compromisso do governo com a Câmara e o Senado para que o veto presidencial não seja derrubado.

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Padilha também disse que a MP é uma “agressão à Mata Atlântica” e que o governo vai utilizar os instrumentos que têm para proteger o meio ambiente.

Ele também ressaltou o papel de Marina Silva, ministra do Meio Ambiente. “Ela está com espírito de guerreira e muita disposição para dialogar. Temos trabalho até a próxima semana para esclarecer e ter garantia absoluta de que a agenda de sustentabilidade está garantida”.

Congresso impôs série de derrotas à Marina

A MP de reorganização da Esplanada dos Ministérios prevê mudanças na estrutura do governo que fortalecem o centrão e retiram poder de Marina.

À noite, deputados votaram uma MP editada no governo Jair Bolsonaro (PL) e retomaram trechos que afrouxam as regras de proteção da Mata Atlântica —itens que tinham sido retirados pelo Senado.

A Câmara ainda aprovou um pedido de urgência (para acelerar a tramitação) para um projeto do Marco Temporal, que limita a demarcação de terras indígenas aos territórios ocupados até a promulgação da Constituição de 1988.

Derrota ambientalista na Câmara foi “surra” em governo

Até aliados apontaram falta de articulação política do Planalto para o tema. Para o colunista do UOL Josias de Souza, a reorganização da Esplanada dos Ministérios não significou uma derrota de Marina Silva, mas mostrou que o governo Lula “levou uma surra”.

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É um erro afirmarmos que a Marina foi derrotada. Há muito tempo o governo não tomava uma surra igual a essa no Congresso. Tudo isso sem que o Lula desse um pio. Articulada pelo Lira, essa banda troglodita do Legislativo passou a boiada ambiental do Bolsonaro pela cerca da gestão Lula. Dizer que Marina e Sônia Guajajara foram derrotadas é muito pouco para traduzir o resultado dessa pancadaria. Lula perdeu o rumo na única área em que poderia reivindicar algum protagonismo planetário, a ambiental.

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