POLÍTICA
Partido Liberal critica operação da PF contra Bolsonaro e questiona STF: ‘O que justifica uma atitude dessa?’

O Partido Liberal (PL) se manifestou por meio de uma nota oficial em repúdio à operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta sexta-feira, 18. O partido afirmou que repudia a operação e que recebeu a notícia com estranheza.
Segundo a legenda, a ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou o mandado de busca e apreensão, seria “desproporcional, sobretudo pela ausência de qualquer resistência ou negativa” por parte de Bolsonaro.
O comunicado é assinado pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, que também questiona qual seria a justificativa para que a operação estivesse sendo realizada de tal forma. Leia a íntegra a seguir:
“O Partido Liberal manifesta estranheza e repúdio diante da ação da Polícia Federal realizada nesta sexta-feira, 18, que incluiu mandados de busca na residência do presidente Jair Bolsonaro e na sala que ocupa na sede nacional do partido.
Se o presidente Bolsonaro sempre esteve à disposição das autoridades, o que justifica uma atitude dessa?
O PL considera a medida determinada pelo Supremo Tribunal Federal desproporcional, sobretudo pela ausência de qualquer resistência ou negativa por parte do presidente Bolsonaro em colaborar com todos os órgãos de investigação.
Reafirmamos nossa confiança no presidente Jair Bolsonaro, seu compromisso com o Estado Democrático de Direito e com a verdade.
Valdemar Costa Neto
Presidente Nacional do Partido Liberal”.
Operação da PF contra Bolsonaro
A Polícia Federal (PF) cumpre dois mandados de busca e apreensão, na manhã desta sexta-feira, 18, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Uma das ordens judiciais está sendo cumprida na residência de Bolsonaro, em Brasília, e a outra na sede do Partido Liberal, legenda do ex-presidente. Todos os mandados foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF também confirmou que cumpre medidas cautelares diversas. Por ordem do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente ficará submetido a ‘medidas restritivas’, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
