POLÍTICA
PF vê indício de agressão a filho de Moraes e STF retira o sigilo do caso
Atendendo um pedido da Polícia Federal (PF), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli ampliou para mais 60 dias o prazo para a conclusão das investigações sobre as ofensas e agressões contra o ministro Alexandre de Moraes e sua família. O incidente aconteceu em 14 de julho no Aeroporto Internacional Fiumicino, em Roma, na Itália. Tóffoli é o relator do caso.
Apesar de já terem se passado 30 dias desde que o Ministério da Justiça e Segurança Pública recebeu oficialmente as imagens do circuito interno do Aeroporto Internacional Fiumicino, na capital italiana, a PF alegou necessidade de mais tempo para concluir a análise das imagens. No inquérito, porém, os investigadores apontam que o empresário Roberto Mantovani “parece” ter batido em Alexandre Barci, filho de Moraes, com as costas da mão.
Já sobre as ofensas e insultos verbais de Mantovani e a mulher dele, Andréa Munarão, contra o ministro, os policiais federais que investigam o caso afirmam no processo que é possível a confirmação diante das “expressões corporais” do casal.
Na decisão publicada na noite desta quarta-feira, Tóffoli retirou o sigilo dos autos, mantendo-o apenas em relação às imagens. Elas ficarão disponíveis somente para as partes e para analistas ou peritos indicados pela Polícia Federal para eventuais diligências complementares. A liberação dependerá de autorização prévia do ministro.
De acordo com ele, a divulgação de imagens, fotos ou mesmo dados de pessoas suspeitas é fundamental na persecução penal apenas quando o autor do delito ainda não tenha sido identificado ou esteja foragido, o que não é o caso. Tóffoli ressaltou ainda que outras imagens do caso já divulgadas pela imprensa contêm várias pessoas, incluindo menores de idade, sem relação alguma com o fato investigado, devendo-se, por isso, ser preservados seus direitos à privacidade.