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POLÍTICA

PGR não concorda com PF sobre proibir viagens de Gladson e aciona STJ

Publicado em

Gladson Cameli. Foto: Juan Diaz/ContilNet

A Procuradoria Geral da República (PGR) contrariou a Polícia Federal ao também se manifestar sobre a situação do governador Gladson Cameli nas investigações da Operação Ptolomeu, que apura suposta esquema de corrupção. O órgão emitiu uma manifestação nesta terça-feira (6), assinada pela vice-procuradora-geral da república, Lindora Araújo.

Mesmo concordando com a PF na recomendação à ministra Nancy Andrighi, do STJ, de que o governador Gladson Cameli não mantenha contato com o seu pai, o empreiteiro Eládio Cameli, e seus irmãos, os empresários Gledson e Eládio Junior, a PGR entende que não faz sentido proibir o atual chefe do executivo de fazer viagens parar cumprir agendas institucionais, como a suprema corte já havia decidido em abril.

“Não há que se falar, in casu, na transgressão ao direito de reunião familiar. A medida cautelar correlata, como fundamentado alhures, tem sua prorrogação necessária e adequada”, argumenta Araújo.

“Dessarte, não há que se cogitar de medidas excessivas ou despropositadas. Os direitos dos investigados estão sendo resguardados e as medidas cautelares impostas foram balizadas, em relação a cada um dos imputados, para que estivessem ajustadas a eventuais particularidades. Nesse diapasão, subsiste a necessidade de manutenção das cautelares para preservação do escopo investigativo para o esclarecimento de todas as nuances criminosas”, continuou.

Lindora pediu ao STJ a prorrogação do prazo das medidas cautelares diversas da prisão por mais 180 dias para mais de 80 investigados.

A ministra do STJ ainda não expediu sua decisão.

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