O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) vai julgar, na próxima quarta-feira (15/3), a decisão do ministro Augusto Nardes que autorizou Jair Bolsonaro a manter as joias dadas ao ex-presidente pela Arábia Saudita.
A tendência, segundo ministros influentes da Corte, é que a maioria dos integrantes do TCU reverta a decisão de Nardes e obrigue Bolsonaro a devolver imediatamente à Presidência as joias que estão em sua posse.
A expectativa é de que, durante o julgamento na quarta, um ministro abra divergência com Nardes, determinando a devolução dos objetos, e os demais acompanhem a nova posição.
Na quinta-feira (9/3), Nardes, considerado próximo de Bolsonaro, determinou que o ex-presidente ficasse como “fiel depositário” das joias, mas o proibiu de vendê-las. O ministro ordenou ainda que Bolsonaro seja ouvido sobre o caso.
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As joias que estão em posse de Bolsonaro vieram para o Brasil em outubro de 2021, na mesma comitiva do então ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque que trouxe as joias para Michelle Bolsonaro.
O estojo com as joias que seriam para a ex-primeira-dama foi retido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. O segundo estojo passou e foi incorporado por Bolsonaro a seu acervo privado.