Presidente da Câmara de Boa Vista é preso por esquema de compra de votos

Na última quarta-feira (18), a Polícia Federal (PF) prendeu Genilson Costa, presidente da Câmara de Boa Vista, capital do Amapá, sob a acusação de liderar um esquema de compra de votos para as eleições de 2024. O vereador, que pertence ao partido Republicanos, é acusado de utilizar grupos de WhatsApp para distribuir dinheiro e benefícios, como remédios, gasolina e cerveja, em troca de apoio nas urnas. O esquema também supostamente envolvia membros do tráfico de drogas.

A investigação, que faz parte da operação “Martellus”, revelou a participação de Genilson, sua irmã e o subcomandante-geral da Polícia Militar de Roraima, coronel Francisco Lisboa, entre outros. Todos estão sendo investigados por corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro. As autoridades estimam que o grupo desviou mais de R$ 1 milhão para financiar a compra de votos, e as investigações seguem para apurar possíveis conexões entre o tráfico de drogas e a política local.

Adicionalmente, a esposa de Genilson, a policial civil Natalie Guimarães, teve um mandado de prisão expedido, mas permanece foragida. De acordo com a PF, o grupo autodenominado “Os Top 100” organizava a distribuição de quantias entre eleitores, oferecendo entre R$ 100 e R$ 150 para assegurar votos a Genilson. A operação ocorreu logo após a diplomação do vereador, que agora enfrenta acusações de associação criminosa, corrupção eleitoral e violação de sigilo funcional.

O Ministério Público Eleitoral (MPE) de Roraima já havia solicitado a cassação do mandato de Genilson Costa na segunda-feira (17), apenas dois dias antes de sua prisão. A situação levanta sérias questões sobre a integridade do processo eleitoral e a relação entre política e crime na região. As investigações continuam em busca de mais envolvidos e evidências que sustentem as acusações contra o vereador e seu grupo.