Nos últimos meses, a PF realizou diversas operações para procurá-lo, a última delas há uma semana. A milícia que a PF afirma ser comandada por Zinho cobra taxas ilegais de grandes e pequenas empresas locais no Rio de Janeiro.
POLÍTICA
Prisão de Zinho ‘abre novas possibilidades de investigação’, diz Cappelli
O secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, comentou, nesta terça-feira (26), que a prisão de Zinho, o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro, abre novas possibilidades de investigação. De acordo com ele, é preciso enfrentar “o coração das organizações criminosas”.
“A prisão do líder de uma organização criminosa não encerra o trabalho. Ao contrário, abre novas possibilidades de investigação, porque não adianta você prender um líder, ele rapidamente é substituído. Nós temos que ir no coração das organizações criminosas, desmontando suas conexões políticas e financeiras, para devolver a autoridade do território ao Estado, ao povo do Brasil e do Rio de Janeiro”, declarou.
Cappelli frisou que a operação foi conduzida pela Superintendência da Polícia Federal (PF) no Rio de Janeiro e a classificou como “um feito importante”. Zinho foi preso no domingo (24), na véspera de Natal. Ele se apresentou às autoridades após uma negociação de sua defesa com a corporação e com a Secretaria de Segurança Pública do Rio.
O miliciano estava foragido desde 2018 e era alvo de 12 mandados de prisão. Ele é considerado pelas autoridades como o líder da milícia que domina a Zona Oeste da capital carioca. Após a prisão, Zinho foi conduzido ao Instituto Médico Legal (IML) e encaminhado ao sistema prisional do Estado.
Desde 2010, a organização criminosa era liderada por sua família, conhecida como Família Braga. Sua advogada, Leonella Viera, nega as acusações. Zinho seria o terceiro líder da família a assumir o cargo de comando da milícia, de acordo com investigações.