Os organizadores da campanha de Lula têm dito que o crescimento de Jair Bolsonaro nas pesquisas de intenção de voto será interrompido pela alta rejeição do presidente. Lideranças petistas afirmam que Bolsonaro não conseguirá se viabilizar eleitoralmente se não diminuir o índice de reprovação.
A tese, defendida pelas principais lideranças petistas, explica por que a recuperação de Bolsonaro nas pesquisas não afetou os rumos da campanha de Lula. O ex-presidente prioriza as conversas sobre alianças políticas e só pretende voltar para as ruas após o lançamento de sua candidatura, previsto para o ocorrer no dia 30 deste mês.
A tranquilidade com que a campanha de Lula enxerga a recuperação de Bolsonaro não é compartilhada por todos os aliados do ex-presidente. Tarso Genro, ex-ministro da Educação e da Justiça nos governos Lula, disse em um debate na semana passada que está pessimista com a eleição.
Márcio França, pré-candidato ao governo de São Paulo, também demonstra preocupação. O ex-governador costuma dizer que a vinda de Geraldo Alckmin para a chapa de Lula foi costurada para que o petista crescesse eleitoralmente em São Paulo a ponto de ganhar a eleição no primeiro turno. A possibilidade já não é mais factível, segundo afirmam França e outros pessebistas, incluindo o próprio Alckmin.
Nesta segunda-feira (11/4), o Ipespe mostrou que Lula e Bolsonaro estão empatados tecnicamente nas intenções de voto espontâneas em São Paulo, com 29% do petista contra 28% do presidente. Na pesquisa estimulada, Lula conta com 34% das intenções, contra 30% de Bolsonaro.