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RIO BRANCO
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POLÍTICA

Quem são os culpados na história do PL das Fake News

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Não há inocentes na história do PL das Fake News, essa urgência urgentíssima que deverá ser votada na Câmara no próximo dia 2 de maio, sem ter passado por nenhuma comissão. Vamos aos culpados:

O primeiro culpado é o PT e as suas linhas auxiliares, que sempre quiseram o “controle social da mídia”, eufemismo para reprimir a liberdade de expressão, de acordo com a tradição autoritária do seu campo ideológico.

Tentaram fazê-lo no primeiro mandato de Lula, por meio da criação de um Conselho Federal de Jornalismo, mas foram impedidos pela resistência da grande imprensa. Agora, sem que haja obstáculo de monta, estão concebendo instâncias reguladoras para manter sob rédea curta tanto jornalistas como os cidadãos que expõem as suas opiniões nas redes sociais.

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O PL das Fake News poderá engendrar mais uma dessas instâncias. O próximo passo, possivelmente, será a formação do conselho nefasto.

O segundo culpado é Jair Bolsonaro e os seus sequazes. Ao divulgar fake news durante quatro anos e atacar violentamente a democracia, incitando a um golpe militar, eles deram pretexto para que o PT e as suas linhas auxiliares retomassem o seu plano de “controle social da mídia”. Não fossem o recurso a notícias falsas e os atentados à ordem política perpetrados por Jair Bolsonaro e pelos seus sequazes, o PT e as suas linhas auxiliares não conseguiriam levar adiante a repressão oficial à liberdade de expressão.

O terceiro culpado são as plataformas digitais, que serão obrigadas a funcionar como censores prévios pelo PL das Fake News. Essas plataformas vêm se dedicando há anos à destruição financeira dos veículos de comunicação.

O trabalho de demolição começou com a captura das empresas que antes fechavam contratos de publicidade diretamente com jornais, revistas e emissoras e que agora têm nas plataformas pulverizadores que lhes permitem pagar muito menos por espaços publicitários e estar presentes em praticamente todos os sites e canais na internet.

Além disso, essas plataformas apropriam-se direta ou indiretamente dos conteúdos jornalísticos, sem pagar por isso ou pagando quantias insuficientes para que os veículos compensem a perda de anunciantes e assinantes para essas mesmas plataformas. O enfraquecimento da imprensa é diretamente proporcional às perdas de caixa. O avanço das fake news também está relacionado ao encolhimento de uma imprensa desidratada economicamente pelas plataformas.

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