Restrições impostas ao governador Gladson Cameli levam caso à Suprema Corte

O governador do Acre, Gladson Cameli, teve seu pedido de viagem à China negado pela ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), devido às investigações em curso que resultaram na retenção de seu passaporte. No entanto, a Procuradoria-Geral do Estado recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na esperança de obter autorização para a viagem.

Cameli foi convidado para participar do ‘Brazil China Meeting’, um evento organizado pelo Lide, liderado pelo ex-governador de São Paulo, João Doria. O encontro está programado para acontecer em Shenzen e Hong Kong, entre os dias 10/1 e 13/1. O governador pretendia viajar em 8/1 e retornar em 15/1.

No pedido ao STF, que será analisado pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, durante o recesso, a procuradoria do governo de Gladson Cameli argumenta que a decisão da ministra do STJ faz suposições infundadas ao cogitar que, durante a viagem, o governador possa entrar em contato com outros investigados.

A proibição de sua viagem à China, segundo o governo do Acre, prejudica o pleno exercício de seu cargo e dificulta as estratégias prioritárias de investimentos chineses no estado, além de dificultar novas negociações com empresários de todo o Brasil.

Além da restituição do passaporte do governador, a procuradoria acreana solicita que seja enviado um ofício à Polícia Federal para suspender as restrições impostas a ele no Sistema de Tráfego Internacional.

Recentemente, Cameli obteve uma decisão favorável no STF em relação às restrições impostas pelo STJ. Barroso autorizou que o governador passasse as festas de Natal e Ano Novo na companhia de seus irmãos, que também são alvos das mesmas investigações, mas com os quais ele não pode manter contato.