POLÍTICA
Reunião de Motta com oposição teve bronca e deputado abandonando mesa

No auge da ocupação bolsonarista no plenário, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu com lideranças da oposição, fora da Casa, para tentar negociar um acordo.
A reunião aconteceu na tarde de quarta-feira (6/8), em uma mansão usada pelo partido Progressistas, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília. Além de Motta, participaram do encontro os deputados:
- Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara;
- Altineu Côrtes (PL-RJ), primeiro vice-presidente da Câmara;
- Caroline de Toni (PL-SC), líder da minoria na Câmara;
- Zucco (PL-RS), líder da oposição na Câmara;
- Marcel Van Hatten (RS), líder do Novo na Câmara;
- Nikolas Ferreira (PL-MG).
No encontro, segundo relatos, os deputados da oposição pressionaram como puderam o presidente da Câmara a se comprometer em pautar o projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.
Motta, contudo, resistiu. O presidente da Casa argumentou que não negociaria, porque, se cedesse agora, abriria precedente para a esquerda também pressioná-lo daquela forma em outras pautas.
Foi nesse momento que a reunião começou a ficar tensa. Irritado com a negativa de Motta em pautar a anistia, o líder do PL na Câmara se levantou e abandonou a reunião, sem dar satisfação.
Os demais deputados da oposição seguiram na conversa, que durou até por volta das 17h. No encontro, Nikolas e Zucco ainda usaram o nome de Jair Bolsonaro para tentar convencer Motta.
Os dois deputados do PL, segundo relatos, afirmaram que Bolsonaro sempre pediu que os parlamentares evitassem “bater” em Motta, mas ponderaram que a situação estava ficando “insustentável”.
A bronca de Motta
O encontro teve ainda uma bronca de Motta no primeiro vice-presidente da Câmara, após Altineu dizer que, na primeira oportunidade de exercer a presidência plena da Casa, pautaria a anistia.
Segundo relatos, Motta afirmou que Altineu exerce um papel institucional e, por isso, teria de combinar sua fala antes. O deputado do PL admitiu que poderia ter avisado antes, mas pediu que Motta entendesse o lado dele.
A reunião, pelo que se viu no desenrolar dos fatos, não surtiu nenhum efeito. Sem acordo com Motta, o líder do PL procurou o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) para negociar um acordo.
O acerto, como noticiou a coluna, envolveu o apoio do Centrão à votação da PEC do fim do foro privilegiado e, na sequência, do projeto da anistia. Motta, contudo, não se comprometeu com as pautas.


PL do subsídio surpreende vereadores em Rio Branco e desencadeia críticas

Ieptec lança seletivo para professores bolsistas e impulsiona educação profissional no Acre

Prefeitura de Feijó convoca aprovados em concurso da saúde para posse imediata

Moraes critica anotações golpistas em agenda de Heleno; defesa contesta
