No encontro, segundo relatos, os deputados da oposição pressionaram como puderam o presidente da Câmara a se comprometer em pautar o projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.
Motta, contudo, resistiu. O presidente da Casa argumentou que não negociaria, porque, se cedesse agora, abriria precedente para a esquerda também pressioná-lo daquela forma em outras pautas.
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Foi nesse momento que a reunião começou a ficar tensa. Irritado com a negativa de Motta em pautar a anistia, o líder do PL na Câmara se levantou e abandonou a reunião, sem dar satisfação.
Os demais deputados da oposição seguiram na conversa, que durou até por volta das 17h. No encontro, Nikolas e Zucco ainda usaram o nome de Jair Bolsonaro para tentar convencer Motta.
Os dois deputados do PL, segundo relatos, afirmaram que Bolsonaro sempre pediu que os parlamentares evitassem “bater” em Motta, mas ponderaram que a situação estava ficando “insustentável”.
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A bronca de Motta
O encontro teve ainda uma bronca de Motta no primeiro vice-presidente da Câmara, após Altineu dizer que, na primeira oportunidade de exercer a presidência plena da Casa, pautaria a anistia.
Segundo relatos, Motta afirmou que Altineu exerce um papel institucional e, por isso, teria de combinar sua fala antes. O deputado do PL admitiu que poderia ter avisado antes, mas pediu que Motta entendesse o lado dele.
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A reunião, pelo que se viu no desenrolar dos fatos, não surtiu nenhum efeito. Sem acordo com Motta, o líder do PL procurou o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) para negociar um acordo.
O acerto, como noticiou a coluna, envolveu o apoio do Centrão à votação da PEC do fim do foro privilegiado e, na sequência, do projeto da anistia. Motta, contudo, não se comprometeu com as pautas.