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POLÍTICA

Rio Branco: Um ano após reeleição, Bocalom e ex-prefeito Marcus Alexandre trocam acusações sobre gestão municipal

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Rio Branco, Acre – O cenário político de Rio Branco foi palco de um intenso embate verbal nesta semana, marcando os doze meses da reeleição do prefeito Tião Bocalom (PL). O ex-prefeito Marcus Alexandre (MDB) divulgou na última segunda-feira (06) um vídeo contundente nas redes sociais, tecendo severas críticas à administração atual. A resposta não tardou, e o secretário municipal de Comunicação, Airton Oliveira, rebateu as acusações na manhã de terça-feira (07), defendendo o trabalho da gestão.

Em sua manifestação, Marcus Alexandre expressou desapontamento com os resultados da gestão Bocalom, questionando os avanços prometidos e apontando deficiências em setores cruciais da cidade. “Doze meses que o Boca foi reeleito. 6 de outubro de 2024. E agora a gente se pergunta o que foi mesmo que mudou nessa nova oportunidade que o povo de Rio Branco deu pra ele cumprir as suas promessas”, iniciou o ex-prefeito, referindo-se ao aniversário da vitória eleitoral.

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As críticas de Alexandre focaram na precariedade do transporte coletivo, mencionando ônibus avariados e o subsídio de R$ 99 milhões destinado à empresa Ricco Transportes. Ele também atacou o programa “Asfalta Rio Branco”, afirmando que a iniciativa perdeu fôlego após o período eleitoral, deixando bairros com ruas sem pavimentação ou em condições piores. A saúde pública também foi alvo, com menções a filas e falta de médicos, além de questionamentos sobre promessas não cumpridas, como a entrega de moradias e obras educacionais, citando exemplos de Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Feijó. Marcus Alexandre concluiu que a gestão estaria mais preocupada em “ganhar a eleição do ano que vem” do que em resolver os problemas da cidade.

A réplica da prefeitura veio através do secretário Airton Oliveira, que não poupou palavras ao defender a administração e atacar a gestão anterior. “Dá até vontade de rir — se não fosse triste ver alguém que teve a chance de fazer e não fez, agora querer dar lição de gestão”, disparou Oliveira, acusando Marcus Alexandre de ter deixado a capital em estado de abandono, com “uma cidade esburacada, escura, suja, com escolas caindo aos pedaços, postos de saúde destruídos e prédios públicos abandonados” em 2021.

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O secretário destacou que a atual gestão precisou investir tempo e recursos para corrigir pendências da administração anterior, citando um convênio de R$ 35 milhões do programa Ruas do Povo que, segundo ele, não teve as contas prestadas desde 2009. Oliveira contrastou as gestões afirmando: “Antes, só marketing. Agora, trabalho de verdade.” Ele enumerou as conquistas da gestão Bocalom, como a limpeza e iluminação da cidade, a entrega do Elevado Beth Bocalom, a finalização do Viaduto da ABB, a revitalização do Mercado Elias Mansour e do Restaurante Popular.

Na educação, o secretário ressaltou a construção de duas novas creches e a implementação de programas como Rio Branco Digital, Rio Branco Conectado e Tech Jovem, que introduziram tecnologia e robótica aos alunos. Para a zona rural, Oliveira mencionou a recuperação de mais de 1.500 quilômetros de ramais, novas pontes e o avanço do Polo Agroindustrial e da fábrica de leite de soja. A revitalização de espaços públicos como os parques Chico Mendes, Horto Florestal e Capitão Ciríaco, e a criação do “Natal de Luz”, também foram citados como exemplos de um governo que “não foge da responsabilidade de trabalhar”.

A troca de farpas evidencia a polarização política em Rio Branco, com as duas figuras apresentando visões diametralmente opostas sobre o progresso e os desafios da capital acreana. Enquanto Marcus Alexandre cobra resultados e o cumprimento de promessas, a gestão Bocalom se defende apontando para o legado da administração anterior e os esforços de reconstrução em curso.

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