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POLÍTICA

Seca no Acre: Desafios e ações emergenciais discutidos no Senado

Publicado em

Na audiência pública da Comissão Mista Permanente Sobre Mudanças Climáticas (CMMC) realizada no Senado nesta quarta-feira (03), o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CENAD), Armin Augusto Braun, alertou os parlamentares sobre a intensificação da seca extrema na Amazônia, com foco especial no Acre. Braun destacou que a seca afeta a navegabilidade dos rios e igarapés, tornando o acesso a municípios e comunidades isoladas cada vez mais desafiador.

O CENAD identificou que as chuvas deste ano sedimentaram os rios acreanos, tornando-os mais rasos. Braun ressaltou a dificuldade crescente das embarcações em navegar devido ao assoreamento dos rios, o que pode resultar no isolamento de comunidades tradicionais, ribeirinhas e indígenas. Ele enfatizou a necessidade de preparo do Estado para auxiliar essas comunidades por meio de ações humanitárias.

Vanderson Brito, assessor técnico do Departamento de Saúde Indígena do Ministério da Saúde e membro do povo Huni Kui, destacou a importância do acesso à água potável, segurança alimentar e outras medidas para garantir a saúde das comunidades indígenas. Ele ressaltou a necessidade de planejamento estratégico e cooperação entre instituições para enfrentar os desafios da seca.

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Durante a audiência, o diretor de Infraestrutura Aquaviária do DNIT, Erick Moura de Medeiros, abordou as dificuldades enfrentadas na região Norte devido à seca e mencionou a necessidade de antecipar soluções para outras regiões afetadas. Cinthia Barros dos Santos Miranda, representante do Ministério do Desenvolvimento Social, destacou as ações disponíveis para resgatar e acolher comunidades isoladas devido à falta de infraestrutura aquaviária.

A situação da seca nos rios do Acre tem preocupado as autoridades, com a menor cota dos últimos 52 anos registrada recentemente. O coronel Batista, coordenador da Defesa Civil do Acre, alertou sobre a gravidade da situação e a previsão de redução dos níveis dos rios. O professor Alexsande de Oliveira Franco, especialista em mudanças climáticas, enfatizou a influência do El Niño e La Niña, intensificados pela ação humana, nas secas na Amazônia e os impactos devastadores para a região.

As discussões na audiência ressaltaram a urgência de ações coordenadas e estratégicas para enfrentar os desafios da seca no Acre e na Amazônia, destacando a importância da prevenção e mitigação dos impactos das mudanças climáticas na região.

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