Secretário garante tranquilidade no Rosalinda e promete remoção de famílias do Papoco em 90 dias

Rio Branco, AC – Em audiência pública realizada na Câmara Municipal nesta segunda-feira, 10 de novembro, o secretário municipal de Assistência Social, João Marcos Luz, respondeu às preocupações de moradores do Papoco sobre a mudança para o bairro Rosalinda. Os moradores haviam expressado receios devido a relatos de conflitos entre facções criminosas na área.

João Marcos assegurou que o Rosalinda é uma região “aparentemente tranquila” e que a segurança pública é uma questão a ser tratada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. “Estamos querendo levar dignidade às pessoas. Quem for de facção tem que ser preso, porque faz parte do crime, e nós não podemos compactuar com isso”, afirmou o secretário.

O secretário destacou que a ação da prefeitura visa oferecer moradia digna e reduzir a criminalidade no centro da cidade. “Essa ação da Prefeitura de Rio Branco, além de levar dignidade às pessoas, vai também resolver um grande problema no centro da cidade, que é a criminalidade”, disse. Ele citou a antiga área da GR Eletro como exemplo de local problemático que necessita de intervenção policial.

João Marcos defendeu o retorno da Companhia de Operações Especiais (COE) ao Acre, argumentando que a situação exige ação policial, não apenas assistência social ou direitos humanos. “Eu, como cidadão de Rio Branco, gostaria que voltasse a COE, porque ali é caso de polícia, não é caso de assistência social nem de direitos humanos. Direitos humanos é para pessoas direitas”, ressaltou.

A prefeitura espera concluir o processo de reassentamento em até 90 dias, dependendo de questões de infraestrutura e habitação. “Eu espero que, em 90 dias, a gente consiga terminar esse debate e também solucionar. Queremos encerrar nos próximos 60 dias”, afirmou João Marcos.

Questionado sobre a possibilidade de outras opções de moradia, o secretário explicou que as primeiras casas prontas estão localizadas no Rosalinda. Ele mencionou problemas em outras áreas, como Sapolândia, Hélio Melo e 6 de Agosto, mas enfatizou que o Papoco é prioridade para a gestão do prefeito Bocalom. No total, 1.804 casas serão destinadas a famílias em áreas de risco e pessoas em situação de rua.

João Marcos esclareceu que as pessoas que têm se manifestado na imprensa não residem nas áreas de risco prioritárias para o reassentamento. “As pessoas que têm aparecido na imprensa para falar não estão morando em área de risco. As famílias que foram ouvidas e cadastradas estão em outra área. Nós queremos conversar com essas pessoas que realmente serão beneficiadas”, concluiu o secretário.