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POLÍTICA

STF forma maioria para anular provas da Operação Ptolomeu; Gladson Cameli pode disputar Senado em 2026 sem impedimentos

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Brasília (DF) – A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria até esta quarta-feira (17) para invalidar todas as provas produzidas na Operação Ptolomeu, que investiga o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), e outros 12 réus por supostos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. O julgamento em plenário virtual segue aberto até sexta-feira (19), mas apenas o ministro Gilmar Mendes falta registrar seu voto — e a tendência já aponta para a anulação definitiva dos elementos probatórios.

O ministro-relator Edson Fachin defendia que a investigação não violou o foro do governador e rejeitava a alegação de “fishing expedition” (pescaria probatória). Porém, sua posição foi superada por André Mendonça, Nunes Marques e Dias Toffoli, que defenderam a nulidade das provas. Em seu voto, Mendonça destacou que a polícia atuou “de forma deliberadamente indevida”, buscando dados de empresas, esposa e filho menor de Cameli antes de pedir o deslocamento da competência para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) — uma prática que, segundo ele, configura a pescaria probatória.

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A defesa de Cameli já havia argumentado que a autoridade policial burlou o foro ao investigar o governador perante um tribunal incompetente, após interceptar uma conversa que só mencionava o cargo de “governador”, sem indícios concretos de envolvimento em ilícitos. Os relatórios de inteligência financeira (RIFs) do COAF sobre pessoas e empresas ligadas ao chefe do Palácio Rio Branxo foram considerados produto de uma investigação “às cegas”, incompatível com o Estado Democrático de Direito.

Se a decisão for confirmada, Cameli ficará sem qualquer impedimento para disputar as eleições de 2026. O governador já lidera todas as pesquisas de intenções de votos para a primeira vaga de senador pelo Acre, com índices que ultrapassam 40% em cenários analisados pelo Paraná Pesquisas.

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