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POLÍTICA

STF forma maioria para condenar Braga Netto por tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito

Publicado em

Brasília, DF – O Supremo Tribunal Federal (STF) alcançou, nesta quarta-feira (10), a maioria dos votos necessários para condenar o general Walter Braga Netto pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. A decisão é um marco no julgamento dos envolvidos na trama golpista que visava reverter o resultado das eleições de 2022.

O voto decisivo foi proferido pelo ministro Luiz Fux, que acompanhou o entendimento já manifestado pelos ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino na sessão de terça-feira (9). Com isso, a Primeira Turma da Corte formou maioria pela condenação do general da reserva, que foi vice na chapa de Bolsonaro em 2022.

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Braga Netto está preso desde dezembro do ano passado, acusado de obstruir as investigações sobre a tentativa de golpe para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A Procuradoria-Geral da República (PGR) o acusa de envolvimento na elaboração do chamado “Plano Copa 2022”, uma operação clandestina que envolveria o sequestro e homicídio do ministro Alexandre de Moraes.

Em depoimento de delação premiada, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, afirmou que Braga Netto entregou a ele dinheiro em uma sacola de vinho para financiar as ações do plano golpista. A defesa de Braga Netto nega as acusações.

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O ministro Luiz Fux, em seu voto, destacou a importância de uma reunião entre Braga Netto, Mauro Cid e outros militares, que confirmaria o planejamento e financiamento de atos para atentar contra a vida do ministro Alexandre de Moraes. “A morte violenta de um integrante da Suprema Corte seria um episódio traumático para a estabilidade política do país, gerando intensa comoção social e colocando em risco a separação dos poderes”, afirmou Fux.

Apesar da condenação pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, o ministro Fux votou pela absolvição de Braga Netto em relação aos demais crimes investigados na trama golpista. O julgamento prossegue com a análise das condutas dos demais réus envolvidos, que incluem:

-Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;

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-Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);

-Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;

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-Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;

-Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

-Paulo Sérgio Nogueira – ex-ministro da Defesa;

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-Mauro Cid – ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

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