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POLÍTICA

Tarcísio diverge do governo federal e nega evidência da participação do PCC em casos de bebida com metanol

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, em coletiva de imprensa nesta terça-feira, 30 Foto: Reprodução/YouTube/ Governo do Estado de São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que não há “evidência nenhuma” da participação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no esquema de bebidas adulteradas com metanol que intoxicou mais de 20 pessoas no estado. A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes nesta terça-feira, 30.

“Tem esse negócio em São Paulo, tudo que acontece é o PCC. Muito tem se especulado sobre a participação do crime organizado nessa adulteração. Só para deixar claro, não há evidência nenhuma de que haja crime organizado nisso. Os inquéritos apontam que as pessoas que trabalham nessas destilarias clandestinas não têm relação com o crime organizado nem entre si. São pessoas que fraudam rotineiramente bebidas e, como temos falado, é um problema estrutural”, disse o governador.

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A declaração do governador diverge da posição apresentada pelo governo federal em uma coletiva de imprensa mais cedo. Na ocasião, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou a abertura de um inquérito pela Polícia Federal para apurar a origem e a rede de distribuição das bebidas adulteradas com metanol.

Lewandowski justificou a atuação da PF pela possibilidade de a operação criminosa transcender as fronteiras paulistas. Durante a coletiva, também foi mencionado que a polícia apura uma possível participação de facções criminosas no esquema. “A investigação dirá se tem conexões com o crime organizado”, destacou o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

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Casos analisados sobem para 22 em SP

O Governo de São Paulo anunciou também que vai interditar de forma cautelar todos os estabelecimentos onde houve consumo de bebidas alcoólicas contaminadas por metanol. De acordo com o governador Tarcísio de Freitas, há atualmente 22 casos de intoxicação, sendo que:

7 destes casos são confirmados de intoxicação por metanol;
15 destes casos são suspeitos de intoxicação por metanol;
Há 1 morte confirmada por metanol;
E outras 4 mortes estão sob investigação.

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Além disso, foi criado um canal de denúncias específico para bebidas adulteradas no site do Procon-SP e será estabelecido um gabinete de crise. Para rastrear a origem do produto, a Polícia Civil e a Secretaria da Fazenda vão cruzar as notas fiscais dos estabelecimentos para chegar aos distribuidores.

“Vamos buscar descobrir quem comprou de quem, de onde está saindo essa bebida adulterada, quem são os fraudadores, a partir desse cruzamento de informações, saber se o problema está no distribuidor, no estabelecimento que está comprando o material sem a procedência correta, ou em outro elo da cadeia”, acrescentou Tarcísio.

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