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POLÍTICA

Temer chama impeachment de Dilma de ‘golpe de sorte’

Publicado em

— Foto: Lula Marques / AGPT - 11.08.2015

O ex-presidente da República Michel Temer (MDB) afirmou que o impeachment de Dilma Rousseff (PT) foi um “golpe de sorte” . A declaração ocorreu durante em entrevista ao site chileno BioBioChile publicada no sábado (22). Temer também elogiou a política externa de Luiz Inácio Lula da Silva.

Na entrevista, Michel Temer foi perguntado sobre comentário feito em 2016, no Twitter, pelo então deputado Gabriel Boric, atual presidente do Chile, sobre o processo de impeachment no Brasil. Na postagem, o líder chileno disse que a destituição de Dilma foi um golpe, mesmo que disfarçado de “institucional”.

“O que aconteceu com a ex-presidente Dilma é que ela perdeu apoio político. Além disso, havia as pedaladas fiscais, que são uma questão técnica e estão sob pena de demissão. Afastado o presidente, quem deve assumir a presidência da República é o vice-presidente. Isso está escrito na Constituição brasileira”, afirmou, na entrevista ao site chileno.

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“Então sinto muito por aqueles que me chamam de golpista, sinto muito pelo presidente Boric que se manifestou dessa forma no passado. Não sei se atualmente, com os problemas que tem em seu governo, ele diria o mesmo”, acrescentou. Com a saída de Dilma, Temer governou o Brasil entre 2016 e 2018.

Michel Temer foi acusado por petistas e pela esquerda brasileira de ter arquitetado, junto com o presidente da Câmara dos Deputados à época, Eduardo Cunha, o impeachment.

Política externa de Lula e Bolsonaro

Ao site chileno, Temer elogiou a política externa de Lula, que, segundo ele, tem feito um esforço saudável e positivo para o País, e criticou a do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Não podemos aplaudir porque Bolsonaro não multilateralizou sua política externa. Bilateralizado ou trilateralizado, mas não era uma coisa útil. Não serviu para ele, nem para o governo, nem para o País”, pontuou.

Temer também disse que conceitos de direita e esquerda são, para ele, totalmente irrelevantes. “O que tenho observado é que a população quer resultado e nada mais que isso. Não importa se o resultado vem de um presidente que se considera de direita ou de esquerda. Desde que seja positivo, aplauda. Se não for, é obsoleto. Muitas vezes eu tenho dito o seguinte: pergunte a uma pessoa que está com fome, que não tem um prato de comida em casa, se ela é de direita ou de esquerda. Ela diz ‘eu quero um pão’”.

As declarações recentes de Lula sobre a Venezuela também foram temas da entrevista de Temer. O petista chegou a relativizar o conceito de democracia ao defender o regime de Nicolás Maduro e que muito que se diz sobre o país é vítima de uma narrativa. O ex-presidente brasileiro disse ver o tema com “alguma preocupação”  e que não acha “útil dizer que foi criada uma narrativa”.

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“Vejo com alguma preocupação. Uma coisa é a relação institucional do Brasil com a Venezuela e também com o povo venezuelano. Isso é algo que devemos preservar. Outra coisa é aprovar um regime político que, para muitos, realmente viola ou fere a democracia. (…) Não acho útil dizer que foi criada uma narrativa”, disse Temer ao jornal chileno.

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