POLÍTICA
Tiro sai pela culatra e secretário culpa deputados do Acre por término de contratos emergenciais

Quem não acompanhou todas as movimentações da saúde em relação à contratação do cadastro de reserva durante tanto tempo? Agora, os profissionais serão chamados, mas, para isso, será necessário o encerramento dos contratos emergenciais no Estado, o que, mais uma vez, causou revolta e mobilização dos trabalhadores, pois cerca de 200 pessoas perderão seus contratos.
O secretário Pedro Pascoal, durante reunião da Comissão de Saúde, na Assembleia Legislativa do Estado, nesta terça-feira, 15, tirou o peso da responsabilidade de seus ombros e culpou as movimentações dos deputados estaduais pelo encerramento dos contratos emergenciais. Pedro afirmou que praticamente foi “forçado” a convocar o cadastro de reserva, mesmo sabendo que isso implicaria no encerramento dos contratos emergenciais.
“Essa antecipação de encerramento se deu por um movimento desta Casa. Nós sabíamos que tínhamos obrigações de chamar o contrato emergencial. Eu queria frisar mais um ponto, contextualizando. Nós tivemos a convocação do concurso e extinguimos todos aqueles que eram aprovados dentro da lei. Ponto, primeiro ato. Segundo ato: houve um movimento desta Casa para o chamamento de todos os cadastros de reserva. Fomos e chamamos o cadastro de reserva conforme a aprovação do deputado Adailton, deputado Edvaldo, deputada Michelle e demais parlamentares. Chamamos! Só que isso estava vinculado a: se eu vou chamar um efetivo, eu tenho que desvincular um emergencial”, destacou Pedro Pascoal.
O deputado estadual Adailton Cruz, do PSDB, por sua vez, tentou defender a categoria, pedindo a prorrogação dos contratos emergenciais até o dia 30 de julho. “Nós estamos aqui propondo que seja pactuada uma data. Eu acho que o melhor caminho e mais justo é manter até o dia 30 de julho. Eu acredito que há viabilidade econômica. Se há viabilidade econômica, por que não abrirmos uma consulta com o Tribunal de Contas, com o Ministério Público, com a Sesacre e pactuarmos isso até o dia 30 de julho? Todo mundo recebe, todo mundo se prepara. Há justificativa suficiente para manter até o dia 30 de julho. Nós temos síndrome gripal, temos estrutura, temos déficit. Eu tenho certeza de que o Tribunal de Contas e o Ministério Público serão sensíveis”, disse.
