POLÍTICA
Toffoli autoriza PF a realizar depoimentos e quebras de sigilo em caso do Banco Master

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (15) novas diligências para a investigação sobre o Banco Master, com prazo de 30 dias para a Polícia Federal (PF) cumprir. A medida inclui a oitiva de investigados e dirigentes do Banco Central (BC), além da possibilidade de requisição de informações a órgãos e novos pedidos de quebra de sigilo telefônico, telemático, fiscal ou de correspondência.
No despacho, Toffoli ressaltou a necessidade de ações urgentes “para o sucesso das investigações e como medida de proteção ao sistema financeiro nacional”. A investigação foi transferida para o STF no início deste mês, após a citação do deputado federal João Carlos Bacelar (PL-BA) nas apurações — parlamentares têm foro privilegiado na Corte.
O caso teve início em novembro, com a Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos pelo Banco Master, incluindo a tentativa de compra da instituição pelo Banco Regional de Brasília (BRB), banco público do Distrito Federal. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões, com falhas identificadas como créditos sem lastro, CPFs duplicados e contratos não comprovados.
Além do banqueiro Daniel Vorcaro, são investigados ex-diretores e ex-sócios do banco. Vorcaro, que foi preso em novembro e solto posteriormente com tornozeleira eletrônica, tem advogados que negam que ele tentou fugir do país e afirmam que ele se coloca à disposição da apuração. O BRB contratou uma auditoria externa para apurar possíveis falhas de governança e controles internos.








