POLÍTICA
Trump critica investigação contra Bolsonaro, mas nega amizade próxima

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (15) que não possui uma relação de amizade próxima com Jair Bolsonaro, mas reiterou suas críticas à investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado contra o ex-presidente brasileiro. Trump defendeu Bolsonaro, afirmando que o ex-líder brasileiro “ama o povo do Brasil”, “lutou muito pelo povo do Brasil” e negociou “acordos comerciais contra mim pelo povo do Brasil e foi muito duro”.
Apesar de negar uma amizade próxima, Trump descreveu Bolsonaro como um “representante de milhões de pessoas” e elogiou seu trabalho em prol do país. Ele qualificou a investigação como uma “caça às bruxas”, lamentando as ações do governo brasileiro e afirmando que Bolsonaro era um “presidente respeitado”.
A declaração de Trump ocorre após o procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) suas alegações finais na segunda-feira (14), pedindo a condenação de Bolsonaro e outras figuras-chave por tentativa de golpe. Além de Bolsonaro, Gonet pediu a condenação dos ex-ministros Alexandre Ramagem, Augusto Heleno, Anderson Torres, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira; o ex-ajudante de ordens Mauro Cid; e o ex-comandante da Marinha Almir Garnier.
As defesas dos acusados agora apresentarão suas alegações finais, após o que o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, elaborará seu voto para dar início ao julgamento. A declaração de Trump adiciona mais um capítulo à complexa situação política envolvendo Bolsonaro e as investigações em curso no Brasil.
